Abastecimento dos mercados está completo, garante diretor da Conab

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Publicado Quinta, 16 de Abril de 2020 às 17:58, por: CdB

Segundo o presidente da Conab, Guilherme Bastos, “as centrais de abastecimento estão em pleno funcionamento e adotaram diversas medidas de controle sanitário para a segurança, na prevenção ao novo coronavírus, com o objetivo de assegurar à população o acesso aos mais variados produtos”.

Por Redação - de Brasília e São Paulo

Ao anunciar os números do 4º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Centrais de Abastecimento (Ceasas), pesquisa que aponta o total de frutas e hortaliças comercializadas no país, técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) voltaram a garantir, nesta quinta-feira, que o Brasil não corre risco de desabastecimento em face da pandemia. Eles falaram também sobre a influência das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus na dinâmica da comercialização desses produtos.

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O abastecimento dos grandes centros de distribuição está assegurado, segundo a Conab

Segundo o presidente da Conab, Guilherme Bastos, “as centrais de abastecimento estão em pleno funcionamento e adotaram diversas medidas de controle sanitário para a segurança, na prevenção ao novo coronavírus, com o objetivo de assegurar à população o acesso aos mais variados produtos”.

— Não há, portanto, indícios de desabastecimento de hortifruti no país. Caso sejam identificados problemas, atuaremos para que sejam mitigados (reduzidos) o quanto antes — afirmou Bastos.

Alface

Ainda na coletiva de imprensa, o diretor executivo de Operações, Abastecimento e de Política Agrícola da Conab, Bruno Cordeiro, disse que houve uma certa redução do fluxo de movimentação nas centrais de abastecimento, devido ao fechamento de bares e restaurantes e das recomendações de isolamento social.

— Essas variáveis geraram um cenário atípico que repercutiu nas cadeias produtivas e no elo de comercialização — acrescentou Cordeiro, antes de detalhar as altas identificadas em março nos preços de produtos como batata, cenoura tomate, cebola e de frutas.

Segundo o executivo, as exceções ficaram com a maçã, que teve baixas variando entre -3,38% (em Minas Gerais) e -7,14% (Pernambuco) e folhosas perecíveis, como o alface, que registrou baixas de -15,69% no Espírito Santo, e de -9,84% em São Paulo.

Melancia

Entre os produtos com preços mais elevados estão a batata (29% na Ceasa de MG e de 1,49% em SP); cenoura (52% em Pernambuco e 13,15% em Goiás); tomate (alta de 44,4% no Espírito Santo e de 1,66% em Goiás); e a cebola (85% no Rio de Janeiro, 26,28% em São Paulo).

— É importante frisar que esses aumentos são sazonais, pois o excesso de chuvas em importantes regiões produtoras prejudica o cultivo — ponderou Cordeiro.

Em relação às frutas analisadas, com exceção da maçã todas as demais apresentaram alta de preços, com destaque para banana (17,39% na Ceasa de Pernambuco, e de 1,73% na de Minas Gerais); laranja (alta de 35,9% em Pernambuco e de 2,78% em Goiás); mamão (35,26% em Goiás e de 0,56% no Rio de Janeiro); e melancia (65% em Goiás e 9% no Espírito Santo). Já a maçã teve uma baixa de -7,14% em Pernambuco e de -3,38% em Minas Gerais.

Laranja

No caso de citros como laranja, tangerina e limão, os aumentos na procura estão relacionados à pandemia, já que são frutas ricas em vitamina C.

— A demanda por citros aumentou. O motivo principal está ligado à pandemia do novo coronavírus, que está levando as pessoas a modificarem hábitos de consumo. Frutas ricas em vitamina C auxiliam no aumento da imunidade. Por isso, passaram a ser mais procuradas, elevando a demanda e pressionando cotações — explicou a gerente de modernização do mercado hortigranjeiro da Conab, Joice Fraga.

A safra 2019-2020 no cinturão citrícola se encerrou com a produção de 386,79 milhões de caixas. Essa quantidade é 35,2% maior do que a da safra anterior. Joice ressaltou que, em termos de produtividade, a safra de cítricos foi recorde com 1.045 caixas por hectare. 

Na avaliação da gerente, a expectativa é de normalização da oferta nos meses seguintes, tanto para a indústria de suco como para o varejo, o que, segundo ela, pode contribuir para uma redução de preços.

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