O "dono da ABI" realiza eleição, ignorando Greve Geral e ação jurídica promovida por membros da Chapa Villa-Lobos, objetivando restaurar a legalidade na Casa dos Jornalistas
Por Mário Augusto Jakobskind, do Rio de Janeiro:
Vergonha constatada pelos que estiveram presentes na manifestação na Cinelândia.
Novamente esta diretoria que ocupa a ABI como se a Casa dos Jornalistas fosse de um dono, volta-se na prática contra os trabalhadores, inclusive jornalistas que se defendiam das bombas e tiros disparados por PMs e em vez de denunciar a violência e a farsa dos serviços de inteligência, os agentes mercenários infiltrados para enganar a opinião pública, a direção espúria da ABI, abria a sede da entidade para uma eleição, também espúria.
É assim que age uma diretoria que não só apoiou o golpe parlamentar, midiático e judiciário de 2016, como faz o jogo sujo dos apoiadores de um governo golpista e ilegal. O que aconteceu ontem (28 de abril) nas dependências da ABI, é vergonhoso para os jornalistas minimamente conscientes.
O que terão a dizer, por exemplo, Fichel David Chargel, Silvio Tendler, Nacif Elias, Siro Darlan, entre outros, que ofereceram seus nomes, apesar das ilegalidades que vem sendo praticadas pela atual diretoria da ABI, desde 2016, enquanto os trabalhadores a poucos metros de distância eram reprimidos de forma violenta, ao mesmo tempo em que os meios de comunicação comerciais conservadores, capitaneados pelas Organizações Globo, mentiam descaradamente sobre o que acontecia no Rio de Janeiro?
Cumpre ressaltar o trecho do informe dos que se adonaram da Casa que um dia foi dos jornalistas: "a ABI sofreu com o grande tumulto causado pela greve geral no país, em particular no Rio de Janeiro". Quer dizer, a direção da ABI tem a mesma visão que o esquema Globo, Record, Bandeirantes, que distorcem os fatos acontecidos e fazem o jogo (sujo) dos defensores das "reformas trabalhista e previdenciária". Ou seja, o Sr. Domingos Meirelles mancha a historia da ABI, da mesma forma que fez Celso Kelly, em 1964.