Acredito, grupo apoiado por bilionário brasileiro, negocia migrar para ninho tucano. Sem Aécio

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Publicado Domingo, 14 de Julho de 2019 às 09:23, por: CdB

Depenados após o resultado das urnas, os tucanos tentam atrair os jovens neoliberais para o ninho da legenda, em frangalhos após a série de denúncias de corrupção contra o deputado Aécio Neves (MG).

 
Por Redação - de São Paulo
  Instalado no PDT, onde financiou a campanha da deputada Tabata Amaral — prestes a ser expulsa da legenda, sob a acusação de dupla militância — o grupo de direita Acredito enfrentará, nesta semana, o seu teste mais efetivo, após as eleições de 2018. Orientados a agradar o principal financiador, o bilionário brasileiro Jorge Lehman, dono de marcas de cerveja, catchup e uma cadeia mundial de lanchonetes, os integrantes do movimento estudam, agora, migrar em grupo para uma legenda conservadora.
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Em lugar de cumprir a determinação do PDT, a deputada Tabata Amaral votou segundo orientação do grupo Acredito e foi acusada de dupla militância
Depenados após o resultado das urnas, os tucanos tentam atrair os jovens neoliberais para o ninho da legenda, em frangalhos após a série de denúncias de corrupção contra o deputado Aécio Neves (MG), que tende a encontrar, também, um novo destino aos dias que lhe restam no Parlamento. Segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, neste domingo, junto a fontes próximas da questão, a migração de Tabata Amaral para o PSDB é praticamente certa, desde que Neves seja, devidamente, despejado.

Brizola

Na noite passada, o líder pedetista Ciro Gomes consolidou o desgaste da jovem deputada, em video divulgado nas redes sociais. — Nós não somos o PT, que nega a necessidade de uma reforma. Nós temos uma proposta. E, de repente, do dia para a noite ela (Tabata Amaral) muda, sem dar satisfações a ninguém — disse Ciro. Exposto, o núcleo do Acredito correu às redes sociais para negar que se trata de um ‘partido clandestino’. A pressa na negativa deve-se ao fato de, uma vez comprovada a irregularidade, colocar em risco a existência do grupo. Por decisão interna dos militantes, Tabata Amaral votou favoravelmente à reforma previdenciária, defendida por industriais e banqueiros; rejeitada por parte da centro-esquerda, a exemplo do PDT. O movimento foi estabelecido em 2017 com o discurso da renovação política. Apesar da autodeterminação suprapartidária, o Acredito declara-se à Justiça Eleitoral como um grupo; longe de ser uma legenda política. Com as doações milionárias de Lemann e empresários parceiros, sempre na pessoa física, o movimento se instalou na legenda fundada por Leonel de Moura Brizola, histórico socialista que deixou um legado para a esquerda brasileira.

Doações

Em mensagem pública, o Acredito devolve o ataque de Ciro Gomes ao afirmar ter sido alvo de “acusações mentirosas”. “@cirogomes, em entrevista à CBN, fez uma série de acusações mentirosas sobre o Acredito. Esperávamos um comportamento mais honesto de quem pretende se colocar como uma liderança para o país. Fake news prejudicam a democracia e são um péssimo exemplo para a população “Fomos acusados de ‘burlar o sistema eleitoral’ e receber doações de empresas. Só que o Acredito aceita apenas doações de pessoa física, com teto individual. O movimento não aceita doações de empresas e nem recebe recursos públicos”. A página do Acredito, na internet, porém, não há a prestação pública das contas, com os valores recebidos em doações. Sem sequer uma área de busca para a prestação de contas, junto à opinião pública, os organizadores esclarecem apenas que a contribuição do doador deve ser feita com recursos próprios; mantido o compromisso de que “nenhum recurso me foi dado por outras pessoas ou organizações com o objetivo de que eu fizesse essa contribuição”.
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