Alemães e holandeses rejeitam o euro

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Publicado Quarta, 01 de Janeiro de 2003 às 21:35, por: CdB

Enquanto a Grã-Bretanha está envolta na polêmica sobre aderir ou não ao euro, alemães e holandeses dizem querer sua moeda de volta, revelou uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira. Em 1º de janeiro de 2002, os cidadãos de 12 países da zona do euro - Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal e Espanha - viram seus marcos, francos, pesetas, liras, escudos e afins se unirem em uma moeda unificada. Poder para optar pela mudança eles não tiveram, mas em uma pesquisa realizada um ano após a implementação do euro, 57 por cento dos alemães e 55 por cento dos holandeses reprovaram a medida, dizendo que querem a volta do marco e do florim, respectivamente. A pesquisa foi realizada pela firma européia de Internet Tiscali. Desde que o euro começou a circular, muitos europeus têm reclamado de que os varejistas aproveitaram a mudança para aumentar os preços. No começo da semana, o presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, alegou que esses aumentos se deviam à falta de controle por parte de determinados governos. Na Alemanha, em especial, a maior economia da Europa vem apresentando indicadores sofríveis, por conta de desajustes nas taxas de juros. "Há um longo caminho a ser percorrido antes de todos os países aceitarem a decisão de seus governos de seguir a nova moeda", comentou Richard Ayres, editor da Tiscali UK. "É fácil esquecer que o euro ainda está em sua infância", acrescentou. Mas nem todos os resultados da pesquisa foram adversos. Franceses e belgas se disseram "felizes" com o euro. Já na Grã-Bretanha, onde o primeiro-ministro Tony Blair enfrenta a árdua tarefa de decidir se convoca um referendo sobre a adesão ao euro, 54 por cento dos 3.000 entrevistados avisaram que não querem a moeda única. Por outro lado, 74 por cento expressaram sua disposição de participar da consulta popular.

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