Alemanha pode conter crise com "muitos bilhões de euros"

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Publicado Terça, 10 de Setembro de 2019 às 08:15, por: CdB

Ministro das finanças disse que Berlim tem se apoiado em seu sólido planejamento orçamentário e sua política de não assumir novas dívidas para poder fazer mais em caso de crise.

Por Redação, com Reuters - de Berlim A Alemanha pode combater uma possível crise econômica injetando “muitos bilhões de euros” na economia, disse o ministro das Finanças do país, Olaf Scholz, nesta terça-feira, sinalizando sua disposição para um grande pacote de estímulos se a economia entrar em recessão.
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Olaf Scholz é importante que a Alemanha seja capaze de combater uma tendência econômica negativa
Falando aos parlamentares no debate sobre o orçamento geral da Câmara dos Deputados do Bundestag, Scholz disse que Berlim tem se apoiado em seu sólido planejamento orçamentário e sua política de não assumir novas dívidas para poder fazer mais em caso de crise. - Porque, então, será muito importante para nós, como a maior economia da União Europeia, sermos capazes de combater uma tendência econômica negativa - afirmou Scholz. - E, do meu ponto de vista, portanto, com as sólidas fundações financeiras que temos hoje, estamos em condições de combater uma crise econômica com muitos bilhões de euros, se (uma crise) realmente eclodir na Alemanha e na Europa - afirmou Scholz. - Realmente faremos isso, é a economia keynesiana; se você quiser colocar dessa maneira, é uma política ativa contra a crise - afirmou Scholz que acrescentou que até agora não houve crise econômica. Recessão técnica A economia da Alemanha contraiu 0,1% em relação ao trimestre anterior, e alguns dados fracos desde então têm alimentado preocupações de que a economia possa entrar em recessão no período de julho a setembro. Os economistas geralmente definem uma recessão técnica como pelo menos dois quartos consecutivos de contração. Os contratos de bens produzidos na Alemanha caíram em julho 2,7% em relação ao mês anterior, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira, puxados por uma grande queda nas encomendas de países que não pertencem à zona do euro, informou o Ministério da Economia. O PIB da Alemanha contraiu 0,1% no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores, devido a exportações mais fracas, com a queda nas vendas externas causada principalmente pelo Reino unido e pela demanda abaixo da média da China. As encomendas de países fora da zona do euro caíram quase 7% no mês, enquanto a demanda de outros países da zona do euro e as encomendas domésticas aumentaram ligeiramente, mostraram os dados. Os comentários de Scholz vieram depois de notícia da Reuters na segunda-feira de que Berlim está considerando a criação de agências públicas independentes que poderiam contrair novas dívidas para aumentar o investimento em infraestrutura e proteção climática, sem violar as estritas regras nacionais de gastos. EUA x China Scholz disse ainda que empresas de todo o mundo estão aguardando um sinal de melhora na disputa tarifária entre os Estados Unidos e a China, acrescentando que uma solução para a disputa é necessária rapidamente. - Em todo o mundo, as empresas estão esperando finalmente receber um sinal positivo de que as coisas estão se movendo em outra direção novamente, para que possam finalmente investir - disse Scholz ao Bundestag, o Parlamento alemão. - É urgentemente necessário que os EUA e a China cheguem a um acordo na disputa comercial - acrescentou.
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