Diante de recorrentes sinais de dificuldades da economia em imprimir um ritmo sustentado de crescimento, os economistas consultados no levantamento reduziram a conta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 a 2,70%, de 2,75% antes.
Por Redação - de Brasília
A perspectiva de crescimento da economia brasileira neste ano foi reduzida na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira; sob forte pressão da produção industrial, enquanto a expectativa para o dólar voltou a subir.
Diante de recorrentes sinais de dificuldades da economia em imprimir um ritmo sustentado de crescimento, os economistas consultados no levantamento reduziram a conta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 a 2,70%, de 2,75% antes.
Importante pressão vem da produção industrial, cuja expectativa de expansão passou a 3,81%, de 4,28%. O ajuste vem depois de o setor ter terminado o primeiro trimestre estagnado, com queda inesperada na produção em março.
Dólar
Para 2019, permanecem as expectativas de crescimento de 3% do PIB e de 3,50% da produção industrial.
Outra revisão que os economistas promoveram no levantamento foi da taxa de câmbio, sendo que passaram a ver o dólar a R$ 3,37 ao final deste ano de R$ 3,35 antes. Na semana passada, a moeda norte-americana acumulou ganho de 1,79%, na segunda semana seguida de alta em um rali recente que levou a moeda a alcançar o patamar de R$ 3,50.
As contas para a inflação permaneceram inalteradas em 3,49% este ano e em 4,03% em 2019, enquanto que o cenário para a política monetária permanece o mesmo, com corte esperado de 0,25 ponto percentual na Selic na reunião deste mês do BC.
Selic
Com a taxa básica de juros a 6,5% agora; os especialistas consultados no levantamento continuam vendo que ela terminará 2018 a 6,25% e 2019, a 8%. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também segue sem alterar sua visão, de Selic a 6,25 e 7,5%; respectivamente em 2018 e 2019.
Para alcançar a meta, o banco usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic; atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic; o objetivo é conter a demanda aquecida. Isso gera reflexos nos preços; porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.