Armani presta homenagem às secretárias e leva moda sensual às passarelas

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Publicado Terça, 01 de Outubro de 2002 às 08:58, por: CdB

Rodeado por uma constelação de estrelas, o estilista italiano Giorgio Armani brilhou nesta segunda-feira, na passarela da moda de Milão, onde apresentou sua coleção feminina de primavera-verão, uma homenagem às secretárias e um tributo à sensualidade comedida. Sofia Loren, Tina Turner, Mira Sorvino, Olivier Martínez e Kristin Scott Thomas cercaram o estilista, antes de se converterem em personagens para a próxima campanha publicitária da marca. Nos dois desfiles, que aconteceram fora do programa oficial, Armani não deixou de criticar os colegas que, em estações passadas, apostaram em explorar o sexy com um repertório inesgotável de minissaias. "Fico feliz em ver que fala-se tanto da minissaia. As saias curtas sempre vão bem, assim como vão bem as longas. A questão é conseguir a sensualidade e não a vulgaridade, porque é fácil fazer o sexy e o nu, o difícil é fazer o sensual", ressaltou. Entre discurso e desfile, a moderna secretária converteu-se no objeto ideal de inspiração de Armani, que homenageou seu estilo chique e sua desenvoltura, sua forma de prender o cabelo e a delicadeza de seus movimentos. Formas sutis, calças mais coladas ao corpo, uma inspiração oriental não-exagerada e dominada pela lógica ocidental, puderam ser vistas em saias, ternos e vestidos, que anunciam o início iminente do inverno. O estilista reconheceu que é difícil aplicar novidades aos ternos ("alarga ali, corta aqui, encolhe ali, põe um botão, tira o botão...) e o que pode ser mudado são as roupas para as férias ou à noite. Na passarela de Milão também foi possível ver hoje outro conceito de sedução, o do estilista Ronberto Cavalli, que concentrou seus esforços criativos no espartilho, uma peça de roupa antiga transformada em objeto de culto, fiel a seu perfil de inventor de um luxo exibicionista e desenfreado. O espartilho de Cavalli combina com tudo: vestidos longos e curtos sobre a blusa ou em cima de uma camisa leve. No final, como ressaltou o próprio estilista, o que conta é o resultado, a exaltação dos seios, para acentuar a pose erótica de uma mulher saída dos velhos livros do Iluminismo e adornada com uma certa reverência oriental. Entre a ironia e a provocação, Moschino desfilou seus modelos ao contrário, andando de costas, com a intenção de se destacar de alguns companheiros de profissão. Apesar de as modelos terem andado para atrás, a coleção apresentada por Moschino revelou leveza e frescor, com vestidos longos, blusas acima do joelho, saias exuberantes e muitas calças. EFE

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