Artistas promovem primeira edição do projeto Virada do Choro em Brasília

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Publicado Domingo, 05 de Julho de 2015 às 10:17, por: CdB
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Artistas de Brasília promovem dez horas de Choro, um dos ritmos brasileiros precursores da MPB, no Eixão Norte
  A capital federal recebeu neste domingo a primeira edição do projeto Virada do Choro. Ao todo, foram sete horas de rodas de choro, no Eixão Norte, na altura da Quadra 214. Gabriela Tunes, 39 anos, é flautista e uma das organizadoras do evento. Segundo ela, a proposta é mostrar que a cidade conta com uma cena de choro muito forte e muito rica, mas que luta para conseguir espaço. Isso porque os locais onde as rodas de choro tradicionalmente ocorrem, bares e restaurantes,  precisaram se adequar à chamada Lei do Silêncio. - Antes da Lei do Silêncio, era comum um músico tocar cinco ou seis vezes por fim de semana. Agora, não há mais lugar para tocar. Com isso, a cena vai se empobrecendo e o público para de ter acesso à música. As novas gerações, compostas por garotos de 12 ou 13 anos, começam a gostar das coisas quando veem. Se eles não estão vendo o choro, não vão se interessar. A gente vai perdendo a capacidade de recrutar pessoas jovens para esse ambiente do choro, que é tão bacana. O violinista Fernando César Vasconcelos, 44 anos, conta que a ideia do projeto é trazer as rodas de choro para as ruas e mostrar o potencial dos artistas da cidade. Ele lembra que Brasília já é conhecida como a capital do choro, mas diz que o estilo musical é um dos grandes prejudicados com o horário limitado de funcionamento de bares e restaurantes nos fins de semana. A estudante Débora Paes, 39 anos, acompanhou algumas rodas de choro acompanhada do namorado e elogiou a iniciativa. “Sempre gostei de rodas de choro e é uma ideia muito legal ocupar espaços públicos para fazer esse tipo de espetáculo”, disse. O namorado e músico Mário Crispim, 37 anos, também aprovou a ideia. “É sempre muito bom estar em rodas de choro. Com a Lei do Silêncio, ficou mais difícil, mas Brasília é o berço do choro e dá um jeito. Isso faz da cidade única e especial”. O advogado Márcio Andrade, 37 anos, acompanhou as rodas de choro com a filha Helena, de 7 meses. Embalada pela música, a menina adormeceu no carrinho de bebê, enquanto o pai curtia os sons da flauta, do violão de sete cordas e do pandeiro, entre outros. “Gosto de choro, mas a rodas de choro eu nunca mais fui. É uma ideia espetacular, fantástica, trazer isso para as ruas. Sempre que acontecer, estaremos aqui”.
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Edição digital

 

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