Assaltos a bancos provocam 65 mortes em 2013 no Brasil

Arquivado em:
Publicado Quinta, 30 de Janeiro de 2014 às 11:42, por: CdB
bancos.jpg
Forma de assalto mais recorrente se dá após a vítima sacar dinheiro no caixa eletrônico
Um levantamento sobre mortes em assaltos a bancos brasileiros realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Dieese aponta que 65 pessoas foram assassinadas em agências bancárias ao longo de 2013. O número representa um crescimento de 14,04% em relação às 57 mortes registradas em 2012. Segundo a pesquisa, a forma mais recorrente de abordagem das vítimas é na saída do estabelecimento após saques no caixa eletrônico. Só no último ano 32 clientes foram mortos em todo o Brasil ao deixarem os bancos. Além disso, o assalto a agentes bancários aumentou cerca de 55% em 2013 com relação ao ano anterior, o que totalizou 14 novos óbitos. São Paulo (17), Rio de Janeiro (11), Bahia (7), Ceará (6), Minas Gerais (6) e Rio Grande do Sul (5) foram os estados que tiveram maior número de mortes. Em grande parte dos casos as vítimas foram clientes (55%) e vigilantes (15%) do sexo masculino. Dos 65 mortos, 60 eram homens. A Lei Nacional 7.102, de 1983, estabelece normas para o sistema segurança de estabelecimentos financeiros públicos e privados. Apesar disso, a Contraf afirma que os casos de violência registrados nos últimos 30 anos evidenciam que a lei precisa ser atualizada para evitar novos óbitos. De acordo com o Dieese, os cinco maiores bancos brasileiros, Itaú, BB, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander – investiram, juntos, em medidas de segurança e vigilância cerca de R$ 2,4 bilhões do faturamento registrado de janeiro a setembro do ano passado. Entretanto, no mesmo período, a Polícia Federal aplicou multas contra 28 bancos, no total de R$ 24,3 milhões, durante as reuniões da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), por não cumprirem às determinações da Lei 7.102/83.
Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo