Ativista islâmico mata três médicos americanos no Iêmen do Sul

A organização norte-americana Conselho Missionário Internacional da Convenção Batista Sulista confirmou nesta segunda-feira a morte de três de seus missionários que trabalhavam no hospital da cidade de Jibla, no sul do Iêmen. A porta-voz Pat Lawson disse que foram mortos no ataque o administrador do hospital, William Koehn, a agente de compras Kathleen Gariety e a física Martha Myers. Segundo Lawson, um quarto missionário, o farmacêutico Donald Caswell, foi baleado no ataque. "Estamos arrasados com a notícia", disse o porta-voz do Conselho Missionário Internacional (IBM, sigla em inglês) Larry Cox, por meio de um comunicado divulgado pela Igreja Batista. William Koehn, 60, nascido em Arlington, Texas (sul dos Estados Unidos), pretendia se aposentar em outubro de 2003, depois de 28 anos de trabalho. A missão atua no hospital batista Jibla, situado 200 quilômetros ao sul da capital iemenita de Sanaa, há 35 anos. Mais de 40 mil pacientes recebem tratamento anualmente no local, segundo um comunicado da Igreja Batista. O Conselho Batista concederá uma entrevista à imprensa em sua sede de Richmond, Virginia, na tarde de hoje. O agressor, armado com um fuzil Kalashnikov, disparou contra a equipe médica do hospital de Jibla durante uma reunião matinal. Segundo a agência Saba, o autor do ataque, um estudante da Universidade Al Imã, natural da província de Damar (90 km ao sul de Sanaa), foi imediatamente detido. O agressor entrou no hospital com a mão amarrada, fingindo um ferimento. Ele foi identificado como Abed Abdel Razzak Al-Kamel, e declarou que integra uma célula de cinco ativistas islâmicos encarregada de executar cinco operações. Precisou que uma delas era o assassinato do número dois do partido socialista iemenita (PSY), Jarallah Omar, morto a tiros no sábado (28), quando participava de um congresso do principal partido islâmico do país, Al Islah.