Ativistas ocupam a sede da Rede Globo na Zona Sul do Rio

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Publicado Terça, 23 de Janeiro de 2018 às 13:46, por: CdB

A Rede Globo, com a sede ocupada, teve sua atuação questionada em diversos momentos da história e influenciou os principais episódios políticos; sustentando com uma atuação parcial durante desenrolar do Golpe de 2016.

 
Por Redação - do Rio de Janeiro

Desde o final da manhã de segunda-feira, um grupo de cerca de 150 ativistas de vários movimentos sociais (Levante Popular da Juventude, UJS; MST,  MTST, UNE, UBES; FNDC e Brasil de Fato, entre outros), e de partidos e grupos políticos (PT, PCdoB; Consulta Popular), acamparam na porta de uma das sedes administrativas da TV Globo. O imóvel fica na Rua Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

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Militantes de vários movimentos sociais ocupam a sede da Rede Globo, no Jardim Botânico

O motivo da manifestação é um protesto contra a farsa jurídica do julgamento que acontecerá na próxima quarta-feira, no Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-IV), em Porto Alegre, que poderá impedir a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições deste ano. Com faixas, cartazes e bandeiras; muita percussão, músicas e palavras de ordem, “a grande maioria de jovens presentes demonstrou garra e vontade de lutar em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato em 2018”, afirma, em nota a Frente Nacional pela Democratização da Mídia (FNDC-RJ).

Apoio ao golpe

“Representantes das entidades presentes e de diversos mandatos parlamentares participaram de um ato de apoio a esta iniciativa, às 19hs e deram suas mensagens. Muitos lembraram o papel que o grupo Globo tem jogado no apoio aos sucessivos golpes, na história política brasileira; sempre ao lado do autoritarismo e das elites”, afirma a nota.

A Rede Globo, com a sede ocupada, teve sua atuação questionada em diversos momentos da história e influenciou os principais episódios políticos; sustentando com uma atuação parcial durante desenrolar do Golpe de 2016. Uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), constatou que, entre dezembro de 2015 e agosto de 2016, o Jornal Nacional dedicou quase 13 horas de noticias negativas sobre Lula; e nenhuma hora de noticias favoráveis.

Sob o mote “Globo condena Lula. Povo enfrenta a Globo” os movimentos populares presentes afirmam, em nota, que “o judiciário do (juiz Sergio) Moro não conseguiria sozinho condenar o Lula. Já tentaram várias manobras, mas o que sustenta a República de Curitiba e as inconstitucionalidades do processo é a Globo, que tem se empenhado para atacar Lula para que ele não concorra às eleições em 2018”.

Programação

Na ocupação, cartazes nomeiam a Rede Globo de Tribunal Federal da Injustiça e denunciam as investigações que a corporação carrega; entre elas o esquema de pagamento de propina para transmissão de jogos de futebol e sonegação fiscal.

Em todo o Brasil atos estão sendo programados para o dia 24; dia que ocorrerá o julgamento de Lula no TRF4 em Porto Alegre. Movimentos sociais iniciaram, nesta terça-feira, o acampamento em Porto Alegre, que terá programação até o dia do julgamento.

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