Aumenta desemprego feminino no continente latino-americano

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Publicado Sexta, 27 de Dezembro de 2002 às 16:35, por: CdB

O desemprego urbano no continente atingiu, até o terceiro trimestre deste ano, 17 milhões de pessoas, afetando especialmente as mulheres. Elas ficaram numa posição 45% superior à taxa média, segundo uma pesquisa apresentada por Juan Somavia, diretor geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A pesquisa "Globalização e trabalho decente nas Américas" foi apresentada durante a 15ª Conferência Regional de Estados Membros da OIT nas Américas, realizada há duas semanas em Lima. Segundo a pesquisa, o desemprego afeta principalmente as mulheres e os jovens, tendo estes últimos quase o dobro da taxa média geral. O documento destaca que em sete de nove países estudados o desemprego juvenil duplicou ou a média nacional de desemprego está perto de dobrar. Até setembro deste ano, mais de um de cada cinco jovens estava sem trabalho na Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai e Venezuela. Junto a este problema, o estudo também menciona os que entraram para o emprego informal, que representa uma fonte de baixos salários e de má qualidade. Aponta que aproximadamente 47% da população economicamente ativa das cidades da América Latina trabalham no setor informal. Quanto à proteção social, o estudo adverte que dois terços da população ativa na região latino-americana precisa de segurança social em serviços de saúde ou em pagamento de pensões. Esta situação se apresenta de forma alarmante para as mulheres que, de acordo com a OIT, precisam de cerca de 80% de toda proteção das instituições de segurança social. Em relação aos acidentes de trabalho, a OIT estima que só na América Latina e no Caribe morrem em torno de 27 mil pessoas por ano, em conseqüência de acidentes de trabalho, o que representa 13.5% de cada cem mil. Uma cópia do documento foi encaminhado ao presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e à sua mulher, dona Mariza Letícia, que se interessa pela questão da colocação da mulher no mercado de trabalho O desemprego aumentou em países como: México, de 2.4 a 2.8%; Argentina, de 16.4 a 21.5% e Venezuela, de 13.9 a 15.5%. Houve redução no Equador, Colômbia, El Salvador, Panamá e Chile.

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