Balas perdidas tiram a vida de mais duas crianças; PM nega disparos

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Publicado Sábado, 05 de Dezembro de 2020 às 13:15, por: CdB

“Não houve disparos por parte dos policiais militares”, afirmou o comando da PM, em nota neste sábado. As pequenas vítimas foram levadas por moradores para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro de Sarapuí.

Por Redação - do Rio de Janeiro
Baleadas durante um tiroteio na noite passada, duas crianças morreram em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Emilly Victoria, de 4 anos, e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7, brincavam na porta de casa quando foram atingidas por balas disparadas por traficantes, segundo a Polícia Militar.
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Homens da Polícia Militar realizam patrulhamento em ruas do Rio de Janeiro
“Não houve disparos por parte dos policiais militares”, afirmou o comando da PM, em nota neste sábado. As pequenas vítimas foram levadas por moradores para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro de Sarapuí mas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, já chegaram mortas à unidade médica. Os tiros acertaram as primas Emilly na cabeça e Rebeca, no tórax.

Justiça

De acordo com o depoimento de familiares das crianças, a polícia estava envolvida na troca de tiros, o que a corporação nega. Segundo eles, os policiais teriam atirado contra dois homens que estavam em uma moto. Ainda na nota, a Polícia Militar diz que uma equipe fazia patrulhamento na região quando foram ouvidos disparos de armas de fogo. — Esses policiais causaram uma tragédia em nossa família. Que preparo é esse que eles têm? O que vemos é os bandidos crescerem e nossas crianças morrerem. Vamos correr atrás por justiça — disse o pai de Rebeca, Maycon Douglas Moreira Santos. A avó da menina, Lídia da Silva Moreira Santos, conta que chegava do trabalho quando viu a Emilly baleada na cabeça e sem vida. Entrou em casa e viu Rebeca no chão. Ao perceber que a neta ainda respirava, ela prestou os primeiros socorros e a levou para a UPA. — Que ser humano é esse que atira em crianças brincando na porta de casa? Nada vai trazer elas de volta, mas queremos justiça. A nossa vida acabou. Moramos neste local há 19 anos e nunca vi isso acontecer — concluiu Lídia.
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