Barão de Itararé denuncia ‘raposa para tomar conta do galinheiro’ na Telebras

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Publicado Terça, 26 de Julho de 2016 às 13:32, por: CdB

O novo presidente da Telebras, a estatal brasileira de telecomunicações, mal tomou posse e causa polêmica

 
Por Redação - do Rio de Janeiro
  O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé do Rio de Janeiro protocolou, em juízo, representação no Ministério Público Federal contra a nomeação de Antonio Loss, ligado às empresas privadas de telefonia, para a Presidência da Telebras.
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O novo presidente da Telebras é ligado às empresas que pregam o fim da empresa estatal
O novo presidente da estatal de telecomunicações mal tomou posse e causa polêmica. Loss é ligado ao segmento privado, com passagens pela direção de companhias como a Net Sul, Net Serviços, Oi e, antes da nomeação, era CEO da Via Sat do Brasil.. Loss foi nomeado pelo ministro das Comunicações Gilberto Kassab, por ter essa experiência em seu currículo. Contudo, é justamente essa ligação com as principais empresas do setor que vem gerando polêmica. Para a instituição, a escolha de Loss significa grave infração de conflito de interesses (Lei nº 12.813/2013) pela identificação que possui com as principais empresas do setor. “É como se estivessem nomeando a raposa para cuidar do galinheiro”, diz Theo Rodrigues, coordenador do Barão de Itararé. A Lei de Conflito de Interesses (Lei nº 12.813/2013) não permite a participação em cargos no Poder Executivo Federal para pessoas que mantenham vínculos com empresas que possuem interesse no setor. “A TELEBRAS é justamente a empresa pública que oferece infraestrutura para a atuação das empresas privadas onde Loss trabalhou. Mesmo que venha a ser uma pessoa íntegra, sempre pesará contra seu nome a desconfiança de estar atuando no serviço público em defesa de interesses privados”, explica Theo Rodrigues. Não foi a primeira vez que o Barão de Itararé teve que recorrer ao Ministério Público contra nomeações que configuram conflito de interesses na área. Em 30 de maio a organização já havia entrado no MPF para impedir que fossem nomeados advogados da OI e da NET nas secretarias de Radiodifusão e Telecomunicações do Ministério das Comunicações. Na ocasião o MPF exigiu que tanto Kassab quanto a comissão de ética pública do governo federal dessem explicações. “Kassab está entregando para representantes das principais empresas privadas do setor a gestão dos serviços públicos. É um absurdo o que está acontecendo” critica o coordenador do Barão de Itararé.
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