Ao que tudo indica, depois da França, os fanáticos jiadistas islamitas se voltam para a Alemanha. Um caminhão de 40 toneladas, sequestrado e dirigido por um paquistanês, foi usado como arma atropelando e esmagando pessoas num mercado de Natal no centro de Berlim matando 12 e ferindo mais de 50.
Por Rui Martins, de Genebra:
Um paquistanês requerente de asilo na Alemanha seria o autor do atentado cometido nesta noite em Berlim, embora a polícia alemã nada queira ainda divulgar oficialmente. O autor do atentado teria sequestrado um caminhão de 40 toneladas de uma empresa polonesa e com esse veículo investiu contra as pessoas reunidas num tradicional mercado de Natal, atropelando e matando 12, ficando feridas mais de 50, algumas gravemente.
O local do atentado é bastante conhecido pelo turistas brasileiros, pois fica na praça Breitscheidplatz perto da igreja do Imperador Guilherme, conservada em ruínas, e junto a uma das principais avenidas de Berlim, a Kurfurstendamm.
O atentado repete o mesmo ocorrido na cidade francesa de Nice, no 14 de Julho, quando morreram 86 pessoas esmagadas por um caminhão dirigido por um jiadista fundamentalista manipulado pelo Estado Islâmico. O caminhão rodou cerca de cem metros a 40 km/hora atropelando quem curtia o clima de pré-Natal junto às barracas iluminadas, onde se servem cerveja e salsichas e se vendem enfeites de Natal.
Faz alguns dias, foi preso um adolescente, recebido pela Alemanha como asilante vindo da Síria, quando tentava lançar uma bomba entre populares reunidos num outro mercado de Natal.
A comunidade internacional comocionada enviou mensagens de solidariedade à chanceler Angela Merkel que, se vê mais uma vez enfraquecida diante dos movimentos racistas contrários ao milhão de imigrantes vindos da Síria e acolhidos pela Alemanha.
Para a Europa, reforça-se a preocupação com o retorno dos campos de batalha na Síria e Iraque de centenas de jiadistas fanátizados.
Ainda ontem à noite, houve um tiroteio em Zurique, perto de um mesquita muçulmana, no qual norreu uma pessoas. Os autores dos disparos fugiram e a polícia não tem ainda elementos para afirmar as razões do tiroteio.
Rui Martins, correspondente em Genebra.