Bolsonaro perde prestígio nas redes sociais, revela pesquisa de opinião

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Publicado Terça, 11 de Fevereiro de 2020 às 11:36, por: CdB

O desempenho do mandatário neofascista tem piorado, consistentemente, nas redes sociais, segundo monitoramento de imagem feito pela empresa AP Exata. No começo de fevereiro, o monitoramento indica que o mau humor em relação ao governo continua. Nas primeiras semanas deste mês, foram seis dias negativos, dois neutros e um positivo.

Por Redação - de São Paulo
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem perdendo terreno nas redes sociais e, hoje, é apenas uma sombra da personagem que, na campanha presidencial de 2018, tratava-se de uma estrela ascendente. Pesquisa divulgada nesta terça-feira mostra que Bolsonaro teve, em janeiro, o equivalente a 14 dias de menções críticas ante 16 dias em que os apoios dominaram as redes.
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O presidente Jair Bolsonaro tem sido cada vez mais rejeitado por internautas, nas redes sociais
O desempenho do mandatário neofascista tem piorado, consistentemente, nas redes sociais, segundo monitoramento de imagem feito pela empresa AP Exata. No começo de fevereiro, o monitoramento indica que o mau humor em relação ao governo continua. Nas primeiras semanas deste mês, foram seis dias negativos, dois neutros e um positivo. Segundo o diretor da AP Exata, Sergio Denicoli, "Bolsonaro está perdendo o controle narrativo nas redes”. — Em janeiro de 2019, ele não tinha esse domínio por causa da polarização eleitoral e da revelação do caso (Fabrício) Queiroz (ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro suspeito de prática de rachadinha). Depois, ele conseguiu impor suas narrativas e estabilizou, mas agora começa a perder essa capacidade novamente — acrescentou, em entrevista a jornalistas do diário conservador paulistano O Estado de S.Paulo.

Moro

Alguns fatores contribuíram para desgastar o governo e fazê-lo perder apoio nas redes sociais. Entre eles está a demissão do ex-secretário de Cultura Roberto Alvim, após vídeo em alusão ao nazismo, em 17 de janeiro. Pesaram, também, os erros na correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ainda segundo o levantamento, contribuíram para o cenário negativo o desgaste com o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), que poderia perder também o comando da Segurança Pública; além da demissão de um auxiliar por uso de um jato da Força Aérea Brasileira (FAB). Outro pico de críticas aconteceu no dia 8 de janeiro, quando Bolsonaro faz uma transmissão ao vivo para acompanhar fala do presidente norte-americano, Donaldo Trump.

Fica calado

O dirigente da AP Exata afirmou que o eleitorado de Bolsonaro não demonstra neste ano a mesma disposição para defender o ocupante do Planalto. — O silêncio prejudica Bolsonaro. Para ele, é importante que as pessoas se manifestem a favor dele, mas são posicionamentos tão fortes (feitos pelo presidente) que as pessoas começam a ficar mais receosas. É difícil manter este grau de militância durante quatro anos — aponta. De acordo com o levantamento, o dia 3 de janeiro deste ano foi o mais intenso. Nele, Bolsonaro teve o maior número de comentários negativos desde a posse. Um dia após o ataque dos EUA no Iraque que matou o general iraniano Qassim Suleimani, internautas tinham receio que o Brasil ficasse alinhado aos norte-americanos.
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