Bush quer aprovar pacote bilionário para reaquecer economia dos EUA

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Publicado Quarta, 03 de Outubro de 2001 às 10:35, por: CdB

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deseja que o Congresso aprove um pacote de entre 60 bilhões e 75 bilhões de dólares para estimular a economia e evitar a recessão, diante de uma situação agravada, em parte, pelos atentados terroristas de 11 de setembro, anunciou nesta quarta-feira o secretário do Tesouro, Paul O'Neill. O secretário disse na Comissão de Finanças do Senado que o governo está prevendo um crescimento real negativo, no atual trimestre, mas uma performance igualmente fraca da economia, no próximo trimestre, pode ser evitada se a confiança do consumidor fosse rapidamente recuperada. "A profundidade dessa contração, bem como o caminho pelo qual a economia voltará a ter um saudável índice de crescimento, dependerá em grande parte de quão rapidamente o consumidor reconquistar sua confiança e do nosso sucesso em incorporar novas proteções contra atos terroristas, sem reduções materiais na produtividade", disse ainda O'Neill em seu pronunciamento. A maioria dos congressistas, republicanos e democratas, concorda em que qualquer plano para revigorar a economia deve ser de curto prazo e suficientemente amplo para ser eficaz, mas não tão grande a ponto de causar problemas fiscais. O que fica menos claro é atingir o ponto de equilíbrio, de acordo com os políticos. As opções que estão sendo discutidas incluem uma nova rodada de reduções de impostos, talvez antes da próxima temporada de consumo, que coincide com as festas do fim de ano, bem como uma variedade de incentivos fiscais para empresas e de assistência para os desempregados. As declarações de O'Neill no Senado foram feitas um dia depois de Bush declarar à imprensa: "A definição de um pacote de estímulo necessário é que ele seja grande o suficiente para manter a economia em movimento, no curto prazo, mas pequeno o suficiente para que isso não afete as taxas de juros a longo prazo, por exemplo". Líderes do Congresso planejam se reunir nas próximas horas com Alan Greenspan, o presidente do Federal Reserve (o banco central norte-americano), que havia pedido uma abordagem cautelosa da situação para avaliar o impacto dos atentados sobre a economia, já atingida por uma desaceleração.

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