Câmeras de reconhecimento facial levam a quatro prisões no Rio

Arquivado em:
Publicado Sexta, 08 de Março de 2019 às 11:46, por: CdB

Em nota, a PM informou ainda que um adolescente que deveria estar cumprindo medida socioeducativa foi reconhecido e apreendido, e que um veículo roubado foi recuperado ao ter a placa identificada.

Por Redação, com ABr e ACS - do Rio de Janeiro

As 28 câmeras de reconhecimento facial instaladas em Copacabana durante o carnaval levaram para a cadeia quatro criminosos com mandado de prisão em aberto, segundo a Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro. A corporação avalia que o projeto piloto "passou no primeiro test drive" e que o sistema de leitura facial e de placa de veículos"demonstrou que funciona com alto grau de precisão".
camera.jpg
As 28 câmeras de reconhecimento facial instaladas em Copacabana durante o carnaval levaram para a cadeia quatro criminosos Desde o início da ação, guarda-vidas salvaram mais de 3,1 mil banhistas
Em nota, a PM informou ainda que um adolescente que deveria estar cumprindo medida socioeducativa foi reconhecido e apreendido, e que um veículo roubado foi recuperado ao ter a placa identificada. O monitoramento se deu de 1º a 6 de março (de sexta-feira a Quarta-Feira de Cinzas). As imagens captadas pelas câmeras eram transmitidas em tempo real para uma sala no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), operada por policiais militares e civis. O sistema comparava os rostos das pessoas filmadas com fotos de procurados e disparava um alarme quando encontrava compatibilidade. – Mais importante do que o resultado numérico foi o aprendizado da equipe envolvida no projeto e a aplicabilidade do sistema. Assim como havia sido planejado, o software da OI só congelou a imagem e acionou o alarme quando as câmeras capturaram a fisionomia de pessoas procuradas pela Justiça ou a placa de veículo roubado, tendo com base os bancos de dados da Polícia Civil e do Detran – diz o texto, que considera que o sistema pode ser aplicado como "uma poderosa ferramenta tecnológica na área de segurança pública". O projeto passará por mais um teste neste fim de semana, para que seja produzido um relatório de avaliação. Segundo a PM, o estudo fornecerá informações para que os gestores da segurança pública estadual decidam sobre "a viabilidade da implantação do sistema em escala". Em janeiro, quando o projeto foi anunciado, a PM havia explicado que o reconhecimento facial se dá por meio de um software desenvolvido pela empresa Oi. Segundo a PM, a empresa oferece apenas a tecnologia do projeto, e o controle do banco de dados e a operação do sistema ficam restritos ao estado. O teste, ainda de acordo com a corporação, não teve custos para o Estado do Rio. Caso seja aprovado, porém, o projeto terá que passar por processo de licitação, de que outras empresas poderão participar. A iniciativa de adotar um sistema de reconhecimento facial gerou preocupação do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que enviou uma carta à PM pedindo esclarecimentos em relação à segurança dos dados coletados. Advogada e pesquisadora do programa de direitos digitais do Idec, Bárbara Simões disse que é preciso ter garantias de que as informações coletadas não correm riscos de vazamentos ou má utilização por parte do estado ou de terceiros. Ela alertou que Informações pessoais podem ser vendidas por empresas privadas, por exemplo. – Existe a justificativa da segurança pública, mas são milhões de pessoas que poderão ser vigiadas, e, se isso cair nas mãos de pessoas erradas ou for usado negativamente, são milhões de pessoas que podem ser afetadas – diz Bárbara Simões.

Operação Verão

A Operação Verão do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) ajudou a reduzir em cerca de 80% o número de afogamentos na orla fluminense. Desde o início da ação, em dezembro, mais de 3,1 mil banhistas foram salvos pelos guarda-vidas. No mesmo período da última operação, entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018, foram realizados mais de 16 mil salvamentos.
afogamento.jpg
Até o fim de março, 1,3 mil guarda-vidas reforçam a segurança na orla fluminense. A ação conta com o apoio de motos aquáticas, lanchas, botes, quadriciclos e helicópteros. Drones também são usados para monitoramento e auxílio ao socorro às vítimas. Segundo o comandante das atividades de salvamentos marítimos do CBMERJ, tenente-coronel Glauco Lorite, a redução de casos de afogamentos é resultado do trabalho de conscientização realizado pela corporação. O Corpo de Bombeiros também está investindo em novas formas de prevenção para evitar acidentes, com a aquisição de mais placas e bandeiras de sinalização. - Abordamos os banhistas em locais de risco e explicamos sobre os cuidados que devem tomar ao entrar no mar. Em alguns locais, como Cabo Frio, Barra da Tijuca e Copacabana, foram distribuídos materiais informativos. Temos notado que a população está cada vez mais consciente e procura respeitar a sinalização - explicou o tenente-coronel.

Recomendações para evitar afogamentos:

Procurar sempre os locais onde exista um posto de guarda-vidas; respeitar as placas e/ou bandeiras de sinalização; perguntar sempre ao guarda-vidas qual o local mais apropriado para tomar o banho de mar; não ingerir bebidas alcoólicas; evitar entrar no mar logo após se alimentar; não entrar no mar após longa exposição ao sol, sem antes adaptar seu organismo à temperatura da água. não desviar a atenção um só instante das crianças. Vale identificá-las com nome e telefone para contato; caso saiiba e pretenda nadar, a orientação é praticar a atividade paralelamente à areia; evitar locais que são conhecidos como points de surfistas. Desta forma, previne-se acidentes com pranchas.

Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo