Candidato petista diz que Brasil não vai quebrar

Arquivado em:
Publicado Sexta, 18 de Outubro de 2002 às 18:01, por: CdB

Candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite desta sexta-feira que o "Brasil não vai quebrar", garantiu que não abandonou o discurso do "Lulinha paz e amor", mas reiterou as críticas à política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso. Ele disse que o governo não deveria ficar "ofendido" toda vez que é criticado, acrescentando que o presidente deve assumir o "ônus de uma política equivocada, que depende de dinheiro emprestado". Em entrevista à TV Globo, o petista pregou a "democracia econômica" para garantir mais qualidade de vida aos brasileiros. Lula negou que esteja de "salto alto", como disse FHC. Segundo ele, a campanha está trabalhando até o dia das eleições, em busca de cada voto dos brasileiros da "forma mais carinhosa". O presidenciável do PT afirmou que a estratégia para vencer as eleições não mudará. O candidato disse que as maiores preocupações que tem ouvido na campanha são o desemprego e a segurança. Lula afirmou que o Brasil precisa criar 10 milhões de emprego, mas ressalvou que "fará o possível" para atingir esta meta. Ele prometeu dar prioridade nesta questão para os brasileiros com mais de 45 anos e os jovens entre 18 e 20 anos. Sobre a segurança, o petista defendeu uma integração entre os governos federal, estadual e municipal, uma polícia inteligente e ainda programas de cultura, esporte e lazer para não levar os jovens à criminalidade. Se for eleito, Lula prometeu discutir, já no dia seguinte das eleições, um programa de transição democrática com o governo e começar a montar o ministério. Ele defendeu um diálogo com o atual Congresso para retomar as reformas tributárias e os projetos de desoneração das exportações. Lula disse ainda que pretende fazer um governo de diálogo, de conversa, com todos os setores da sociedade, como o mercado financeiro, os empresários, sindicados e agricultores. O candidato ressaltou o amadurecimento da democracia brasileira, inclusive retirando da vida pública velhos políticos nas eleições de 6 de outubro. Ele afirmou ainda que pretende recuperar a auto-estima do povo e mudar o jeito de fazer política.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo