Carlos Bolsonaro é alvo de processo pela cassação de seu mandato

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Publicado Terça, 09 de Junho de 2020 às 10:55, por: CdB

Carlos Bolsonaro, de acordo com o documento, ignora o decoro parlamentar em suas manifestações e lembra, entre outros pontos, o momento em que ’02' sugere que Brizola "queima ou cheira”; além da insinuação de que vereadores do PSOL usam drogas.

Por Redação - do Rio de Janeiro

Os parlamentares que integram o Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro passaram a avaliar, a partir desta terça-feira, o pedido de cassação do colega Carlos Bolsonaro (Republicanos), protocolado na noite passada. O documento, assinado por Leonel Brizola (PSOL), acusa do segundo filho do presidente Jair Bolsonaro, ou ’02’ como é conhecido, por quebra de decoro parlamentar.

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O vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), ou Carluxo, como é conhecido, seria o comandante do 'Gabinete do Ódio'

Carlos Bolsonaro, de acordo com o documento, ignora o decoro parlamentar em suas manifestações e lembra, entre outros pontos, o momento em que ’02' sugere que Brizola "queima ou cheira”; além da insinuação de que vereadores do PSOL usam drogas. Se perder o cargo, '02' perderá o foro privilegiado e passará a responder, na Justiça comum, aos inquéritos que pesam sobre ele, na esfera criminal.

O documento cita também o dia em que o vereador disparou xingamentos aos colegas durante uma sessão virtual."Carlos Bolsonaro, como o pai, não está preocupado com o sofrimento do povo. Tudo que faz nas sessões é criar confusões, xingar os colegas e atrapalhar o andamento dos trabalhos”, afirma Brizola.

O vereador da família Bolsonaro, no entanto, já aparece em um inquérito sigiloso, conduzido no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), em que a Polícia Federal (PF) o identifica como um dos articuladores de um esquema criminoso de disseminação de notícias falsas, conhecido como ‘Gabinete do Ódio’.

Delegados

Na PF, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, os investigadores estão seguros de que Bolsonaro exonerou o ex-diretor da PF Maurício Valeixo, nomeado pelo então ministro da Justiça Sergio Moro, porque já sabia de que a corporação havia chegado ao filho ’02’. Com Valeixo fora da Superintendência do Rio de Janeiro, Bolsonaro espera obter informações quanto aos passos do inquérito no STF.

Um dos quatro delegados que atuam no inquérito é Igor Romário de Paula, que coordenou a Operação Lava Jato, em Curitiba, quando Moro era o juiz titular da operação. Valeixo, diretor da PF demitido por Bolsonaro, foi superintendente da polícia no Paraná na mesma época. Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo, no entanto, os delegados serão mantido até que concluam as investigações.

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