Casa Abrigo Lar da Mulher comemora 11 anos

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Publicado Quarta, 07 de Março de 2018 às 11:34, por: CdB

A tarefa de cuidar de quem perdeu, muitas vezes, a esperança, acontece em lugar sigiloso no Rio de Janeiro. O local, que recebe temporariamente mulheres em risco iminente de morte e seus filhos

Por Redação, com ACS - do Rio de Janeiro:

A Casa Abrigo Lar da Mulher, espaço administrado pelo RioSolidario que oferece assistências social, psicológica e jurídica para vítimas de violência doméstica, comemora 11 anos de funcionamento com a marca de 1.980 vidas preservadas. O número reflete o trabalho realizado por uma equipe multidisciplinar formada por profissionais como psicólogos, pedagogos, assistentes e educadores sociais, que cotidianamente auxiliam mulheres de diversas idades a romperem com o ciclo de violência a que estavam submetidas e reconstruírem suas vidas.

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Espaço oferece atendimentos psicológico e jurídico a vítimas de violência

A tarefa de cuidar de quem perdeu, muitas vezes, a esperança, acontece em lugar sigiloso no Rio de Janeiro. O local, que recebe temporariamente mulheres em risco iminente de morte e seus filhos; conta com 15 quartos de acomodação; salas de atividades e berçário; dispostos em uma área de 1,3 mil metros quadrados.

– Mesmo com todo o cuidado e atenção que são desprendidos por parte da equipe técnica, não é fácil estar num abrigo. Estas mulheres se veem obrigadas a deixar seus lares; como única alternativa de segurança para si mesma e seus filhos. É muito difícil deixar tudo pra trás quando você é a vítima. Não existe acolhimento melhor do que aquele; que pode ser realizado no âmbito da própria família, contudo, em grande parte das vezes, este tipo de acolhimento pode não ser seguro – explicou a diretora da Casa, Sueli Ferreira.

Recomeço

É no salão de beleza que a autoestima das mulheres abrigadas começa a tomar forma; em muitos casos. Nele, elas podem se maquiar, fazer as unhas e cuidar do cabelo.

Além do salão, o Lar da Mulher tem uma programação planejada de atividades. Grupos de atendimento; e oficinas ajudam estas vítimas de violência doméstica a refletirem sobre suas trajetórias e a se prepararem para saírem do lar provisório.

– Há muitas subjetividades dentro do processo de atendimento destas mulheres. Essa mãe vai retomar os laços afetivos com os filhos dentro da casa. Toda a família sofre a violência; pode não ser a física, mas há a psicológica – contou a coordenadora do Lar da Mulher, Roberta Rosa.

As crianças que chegam ao abrigo participam de atividades livres e direcionadas, com acompanhamento pedagógico e a atenção de uma dinamizadora social, e, quando em idade escolar, são reinseridas na rede pública mais próxima para que não percam o ano letivo.

Denúncia

A denúncia pode ser realizada em uma Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) ou em qualquer outra delegacia mais próxima. A Rede de Proteção conta principalmente com o trabalho desenvolvido pelos Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceams) e pela Central Judiciária de Abrigamento. São esses dois órgãos que realizam o direcionamento das mulheres e seus filhos menores ao abrigo, após atendimento especializado e reconhecimento da necessidade da família.

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