Casa Branca divulga documento sobre 11 de setembro

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Publicado Domingo, 11 de Abril de 2004 às 07:25, por: CdB

 A Casa Branca divulgou, neste sábado, o memorando preparado pelo serviço de inteligência e enviado no dia 6 de agosto de 2001 ao presidente George W. Bush sobre os planos da Al Qaeda para atacar os Estados Unidos.

A liberação do documento, intitulado "Bin Laden determinado a atacar dentro dos Estados Unidos", ocorreu após pressões da comissão que investiga os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. O relatório, de uma página e meia, alertava a Bush que a Al Qaeda tinha planos de atacar os EUA com explosivos ou seqüestrar aviões.

Segundo o documento, um serviço de inteligência afirmava que Bin Laden queria seqüestrar um avião americano para forçar a libertação de Omar Abdel-Rahman, um clérigo muçulmano cego condenado em Nova York por conspiração para dinamitar os túneis nova-iorquinos Lincoln e Holland, e outros extremistas detidos nos EUA.

Algumas frases do relatório divulgado pelo governo foram marcadas (cobertas com x) para não revelar as fontes de informação da inteligência.

"Não pudemos confirmar algumas das ameaças reportadas, como a de um xxxx serviço em 1998 que indica que Bin Laden queria seqüestrar um avião dos Estados Unidos para obter a libertação do 'xeque cego' Omar Abdelrramán. No entanto, as informações do FBI desde então indicam padrões consistentes de atividade suspeita nesse país com a preparação de seqüestros ou de outro tipo de ataque, incluindo recente vigilância de edifícios federais em Nova York" diz o texto que foi entregue a Bush pouco mais de um mês antes dos atentados que atingiram Nova York e Washington.

A divulgação do relatório intensifica o debate sobre a possibilidade de que os ataques de 11 de setembro fossem evitados, apesar da insistência de Bush de que o governo americano fez o possível com as informações que tinha em mãos.

Em depoimento à Comissão do 11 de setembro, na semana passada, a conselheira de segurança nacional, Condoleezza Rice, insistiu que o memorando continha em sua maior parte informações históricas, sem alertar explicitamente sobre algum ataque iminente dentro dos EUA.

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