Casos de H1N1 continuam crescendo e idosos e cardiopatas são os mais atingidos

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Publicado Terça, 12 de Julho de 2016 às 07:04, por: CdB

Entre os óbitos por influenza, mais de 70% dos indivíduos apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação

  Por Redação, com agências de notícias - do Rio de Janeiro/Viena:   O número de casos de pessoas infectadas pelo vírus H1N1 vem crescendo a cada semana e os mais atingidos são os idosos e cardiopatas. De acordo com o último informe epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, que corresponde ao período de 3 de janeiro a 26 de junho, foram registrados no Brasil mais de seis mil casos da forma grave de H1N1 e mais de mil mortes. Além das mortes pela influenza A/H1N1, também foram registrados 872 casos e 113 mortes por outros tipos de influenza.
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O número de casos de pessoas infectadas pelo vírus H1N1 vem crescendo
Entre os óbitos por influenza, mais de 70% dos indivíduos apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação. Entre os principais atingidos estão os adultos com mais de 60 anos, os cardiopatas, os diabéticos e os pneumopatas. – Os cardiopatas estão em segundo lugar no número de óbitos por influenza. Esse é um dado muito preocupante. A presença de doença cardiovascular é uma condição de risco para complicações em pacientes com gripe, sendo as mais comuns, pneumonia bacteriana ou por outros vírus, sinusite, otite, desidratação e piora das doenças crônicas como piora da cardiopatia, asma, diabetes. Outra possível complicação é pneumonia por influenza, que ocorre predominantemente em pessoas com doenças cardíacas ou em mulheres grávidas – explica Dra. Giovanna Ianini, infectologista e coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Instituto Nacional de Cardiologia (INC). A infectologista reforça que a vacinação anual contra influenza é uma importante medida utilizada para se prevenir da doença e que, caso sejam identificados os sintomas da gripe, deve-se procurar rapidamente um hospital para avaliação médica. – É importante que as pessoas, principalmente as do grupo de risco, fiquem atentas a alguns sinais. Procure uma unidade de saúde na presença de febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores no corpo ou dores nas articulações. O ideal é que o tratamento com medicamentos antivirais seja realizado em até 48 horas após o início dos sintomas – esclarece. Além da vacinação, a infectologista ainda indica algumas medidas para evitar a transmissão da influenza e outras doenças respiratórias: Higienizar frequentemente as mãos, principalmente antes de consumir algum alimento e após tossir ou espirrar. Utilizar lenço descartável para higiene nasal. Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir. Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca. Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas. Manter os ambientes bem ventilados. Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza. Evitar aglomerações e ambientes fechados. Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos. Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre.

Zika

Uma empresa de biotecnologia da Áustria que trabalha com o Instituto Pasteur disse nesta terça-feira que planeja iniciar testes clínicos com uma vacina experimental para o zika nos próximos 12 meses, assinalando mais uma aceleração na pesquisa neste campo. A Themis Bioscience assinou um acordo de licença com o instituto de pesquisa francês concedendo a este direitos amplos a uma potencial vacina contra o zika que tem como base uma tecnologia já consagrada de vacina contra sarampo. Mais de uma dúzia de pequenas empresas de biotecnologia e outras organizações estão trabalhando em vacinas contra o zika, que é transmitido por mosquitos e que foi ligado a defeitos de nascença e problemas neurológicos, embora a maior parte do trabalho ainda se encontre em um estágio bastante inicial. Erich Tauber, executivo-chefe da Themis, acredita que o projeto de sua companhia irá se beneficiar do histórico de sucesso comprovado da tecnologia usada para imunizações contra o sarampo. Na semana passada, a farmacêutica francesa Sanofi, a única grande empresa da área trabalhando em uma vacina contra o zika, fechou um acordo com o Exército dos Estados Unidos para acelerar o desenvolvimento de outra vacina, que pode estar pronta para testes em humanos em outubro. Autoridades de saúde globais estão se apressando para entender melhor o zika vírus, que causou um grande surto que começou no Brasil no ano passado e se espalhou em muitos países das Américas.  
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