Chamado de ‘Banana de Pijama’ e ‘Maria Fofoca’, general nega briga com Salles

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Publicado Domingo, 25 de Outubro de 2020 às 11:17, por: CdB

"Conversei com ministro Luiz Eduardo Ramos, apresentei minhas desculpas pelo excesso e colocamos um ponto final nisso. Estamos juntos no governo, pelo presidente Bolsonaro e pelo Brasil. Bom domingo a todos", disse Salles.

Por Redação - de Brasília
Ministro da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos integrou o grupo que saiu para passear de de moto com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na manhã deste domingo e negou o entrevero com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que usou as redes sociais pedir desculpas por tê-lo chamado de ‘Banana de Pijama’ e ‘Maria Fofoca’.
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O general Ramos integrou o grupo de motociclistas que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
— Rapaz, não tem briga nenhuma. Tem uma definição: briga é quando (há) duas pessoas — respondeu o ministro a jornalistas que acompanharam o grupo, durante uma parada no posto de gasolina a caminho de Sobradinho, no Distrito Federal. Perguntado sobre o ambiente no cerne do governo, frente uma nova crise entre ministros, Ramos limitou-se a falar de sua relação com Bolsonaro. — Minha relação com o presidente está excepcional como sempre —retrucou. Depois de divulgadas as mensagens ofensivas ao general, nas redes sociais, Salles disse ter procurado o ministro para se desculpar. Queimadas "Conversei com ministro Luiz Eduardo Ramos, apresentei minhas desculpas pelo excesso e colocamos um ponto final nisso. Estamos juntos no governo, pelo presidente Bolsonaro e pelo Brasil. Bom domingo a todos", disse Salles em uma publicação na internet. ​ O estopim para a crise entre Salles e Ramos foi uma nota no diário conservador carioca O Globo na quinta-feira, a qual afirmava que o ministro estava esticando a corda com a ala militar do governo em decorrência do episódio envolvendo a falta de recursos no Ibama — Salles disse que, sem dinheiro, brigadistas interromperiam atividades de combate a incêndios e queimadas. Na véspera, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o grupo parlamentar conhecido como ‘Centrão’ saíram em defesa do ministro da Secretaria de Governo. “O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo”, escreveu Maia em uma rede social.

‘Imprensa não’

Em seguida, Alcolumbre opinou sobre os fatos. "Sem entrar no mérito da questão, faço duas ressalvas. 1. Como chefe do Legislativo, registro a importância do ministro Luiz Eduardo Ramos na relação institucional com o Congresso. 2.Não é saudável que um ministro ofenda publicamente outro ministro. Isto só apequena o governo e faz mal ao Brasil", escreveu o presidente do Senado. Já no sábado, Salles evitou um novo confronto ao ser questionado pelo diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo sobre as declarações dos dois líderes do Congresso. Salles afirmou que, para ele, "este assunto está encerrado". Bolsonaro, por sua vez, preferiu ficar distante da polêmica e, perguntado por repórteres sobre o caso, neste domingo, presidente disse apenas "imprensa não" e um agente do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) retirou o repórter, puxando-o pela alça da mochila.
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