Chance de mais times na Copa do Mundo de 2022 sobe a 50%

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Publicado Quinta, 11 de Abril de 2019 às 11:34, por: CdB

A decisão final sobre o número de seleções no próximo Mundial será tomada no Congresso da Fifa em Paris no dia 5 de junho.

Por Redação, com Reuters - de Zurique

As chances de a Fifa aumentar a quantidade de times de 32 para 48 na Copa do Mundo do Catar de 2022 é de 50 %, disse o presidente da entidade, Gianni Infantino, na quarta-feira.
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Presidente da entidade, Gianni Infantino
Infantino, que está no Brasil para uma reunião da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), disse a participantes do encontro que está trabalhando para conseguir o aumento para o torneio do Qatar, o que significaria a garantia de mais duas vagas para seleções sul-americanas. – Estamos trabalhando para ver se conseguimos 48 times na Copa do Mundo de 2022 porque mais participação significa mais desenvolvimento e mais paixão para todos – afirmou. – Até junho veremos se é possível ou não. É 50%. O que é 100 por cento é que a Copa do Mundo de 2022 será espetacular e um sucesso total – afirmou. A decisão final sobre o número de seleções no próximo Mundial será tomada no Congresso da Fifa em Paris no dia 5 de junho. A Fifa decidiu sediar a competição de 2022 no Catar com 32 times, mas Infantino vem sondando vizinhos sobre sua disposição de acolher algumas partidas em um eventual torneio ampliado. A entidade já concordou em aumentar a quantidade de equipes para 48 no torneio de 2026, que será realizado por Estados Unidos, Canadá e México, mas está determinada a expandir mais rápido do que o planejado.

Corrupção

A Confederação Alemã de Futebol (DFB) engloba 26 federações regionais, com mais de 25 mil clubes e quase sete milhões de membros. É uma das maiores e mais ricas entidades esportivas do mundo. Com a renúncia do seu presidente Reinhard Grindel na semana passada, muitos se perguntam se não está na hora de uma ampla reforma estrutural. Afinal, nestes últimos sete anos, Grindel já é o terceiro presidente do DFB que pega o seu chapéu antes de completar o mandato. Theo Zwanziger em 2012 e seu sucessor, Wolfgang Niersbach, em 2015, deixaram o cargo por suspeita de envolvimento em esquemas de corrupção de delegados da Fifa, que teriam sido subornados para favorecer a Alemanha como país-sede da Copa de 2006 em detrimento da África do Sul. Reinhard Grindel, ex-jornalista e ex-deputado federal pela CDU (União Democrata Cristã), foi eleito presidente do DFB em 2016, menos pelos seus méritos e muito mais pelo fato de que não havia um melhor candidato disponível. Chegou à presidência sem ter competência para o cargo, mas com o objetivo de restabelecer a boa imagem da entidade conspurcada pelas duas gestões anteriores. O DFB não se cansava de anunciar aos quatro cantos deste mundo que corrupção é sempre a corrupção na casa dos outros, se orgulhava da sua camisa branca imaculada e fazia de conta que não tinha nada a ver com a sujeira da Fifa. Só que com Reinhard Grindel, que assumiu o cargo prometendo transparência, o tiro acabou saindo pela culatra. Foi pego com a boca na botija: recebeu 78 mil euros por ter participado durante algumas horas de uma reunião do Conselho Administrativo do DFB, quantia esta que esqueceu de declarar. Além disso, ganhou um relógio de ouro do oligarca ucraniano Hryhorij Surkis, um dos cinco vice-presidentes da Uefa. Trata-se de um cronógrafo cujo valor, dependendo do modelo, pode chegar a 50 mil euros. Grindel admitiu que recebeu o presente em caráter pessoal e que não fazia ideia do seu valor, o que, no mínimo, soa muito estranho. Aparentemente arrependido, o ex-presidente se apressou em informar no seu comunicado de renúncia que devolveria o relógio “o mais rápido possível”. De todo modo, a impressão generalizada que reinava nos corredores da sede do DFB em Frankfurt é que o cargo de presidente era areia demais para o caminhãozinho de Grindel. No dia a dia, gostava de humilhar funcionários subalternos, além de dar palpites em assuntos que não lhe diziam respeito, como por exemplo, transferir o jogo da seleção alemã de Frankfurt para uma outra cidade por medo dos protestos da torcida. Isto sem contar a sua indevida intromissão nos assuntos internos da comissão técnica da seleção principal. Ele chegou a questionar em público as decisões do técnico Joachim Löw, criticava jogadores em mesas redondas de TV, culpou Mezut Özil pelo fracasso da Alemanha na Copa da Rússia e, depois do empate com a Holanda em novembro do ano passado, exigiu a aposentadoria de Thomas Müller. Recentemente, fez ainda um papel deprimente quando, durante um programa de TV ao vivo, incomodado com a pergunta do repórter da Deutsche Welle, se levantou abruptamente dando a entrevista por encerrado. Alguns dias depois desta sua infeliz aparição na TV, a revista Spiegel revelava que Grindel recebera em segredo 78 mil euros por fora. Em seguida veio o golpe fatal do relógio de ouro presenteado pelo oligarca da Ucrânia. Reinhard Grindel, como presidente do DFB, estava liquidado. Só lhe restava renunciar, e foi exatamente o que ele fez. Resta saber se o agora ex-presidente da Confederação Alemã de Futebol vai renunciar também aos seus dois cargos na Fifa e na Uefa, onde recebe a modesta quantia de 500 mil euros por ano. Já para o DFB, esta pode ser uma boa oportunidade para um novo recomeço com um novo presidente. Alguns nomes já estão sendo ventilados como Oliver Bierhoff, Philipp Lahm e Christoph Metzelder. Seja quem for o escolhido em setembro, algumas qualidades lhe serão essenciais para o exercício do cargo, como competência, transparência e integridade pessoal, virtudes estas que tanta falta fizeram nas três últimas gestões presidenciais do DFB.
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