China assume posição de liderança mundial em alta tecnologia

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Publicado Sábado, 15 de Agosto de 2020 às 12:56, por: CdB

Em 2019 a China teve a maior quota de mercado em 12 setores, incluindo componentes elétricos, deixando para trás o Japão e se aproximando dos Estados Unidos.

Por Redação, com Sputniknews - de Pequim e Tóquio
China continua a ampliar sua posição no mercado mundial de alta tecnologia, superando o Japão e reduzindo significativamente seu atraso em relação aos EUA.
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Funcionária da Huawei conversa no celular atualizado para a tecnologia 5G
Em 2019 a China teve a maior quota de mercado em 12 setores, incluindo componentes elétricos, deixando para trás o Japão e se aproximando dos Estados Unidos, assinala o jornal Nikkei. Ao mesmo tempo, algumas empresas chinesas superaram norte-americanas na quota do mercado mundial. Um estudo do jornal, que envolve 74 produtos e serviços de alta tecnologia, calculou e comparou a quota de mercado de cada um deles em 2018 e 2019.

Globalização

As empresas chinesas superaram as do Japão em telas de cristal líquidos utilizadas em celulares e em componentes isoladores essenciais para baterias de íons de lítio, que alimentam dispositivos eletrônicos. Não se pode deixar de mencionar a Huawei, que pela primeira vez na história superou a Apple no mercado de celulares, aumentando sua participação até 17,6%, apesar da política dos EUA e de alguns outros países de proibir o uso de seus produtos. — Desde uma perspectiva a longo prazo, nada pode deter o progresso tecnológico chinês. Além do mais, não é realista impedir a difusão de avanços tecnológicos, tais como produtos eletrônicos, no contexto da globalização — afirmou à Sputnik China Yang Mian, professor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais da Universidade de Comunicações da China.

Autossuficiência

Contudo, atualmente a maior parte do mercado de alta tecnologia da China existe devido ao consumo interno. Portanto, o país tem uma grande capacidade de aumentar seu próprio poder tecnológico. — As vendas de produtos específicos chineses somente podem diminuir temporariamente sob influência dos EUA e de alguns países ocidentais — continuou o especialista. Ainda assim, as medidas de contenção do gigante asiático estão crescendo. Nestas condições, a China pode replicar seu sucesso interno no mercado exterior. Yang Miam acredita que é factível enquanto a China continuar fortalecendo sua autossuficiência. — Enfrentando todo tipo de obstáculos, precisamos confiar ainda mais decididamente em nossas próprias forças (…) Além do mais, ao fortalecer sua autossuficiência, a China deve se manter aberta ao mundo, adotar todas as tecnologias e conhecimentos disponíveis e ampliar ativamente a cooperação internacional — defende Yang Mian.

Celulares

O especialista também observou que ainda existem muitos mercados que demandam produtos chineses nas regiões da Ásia, África e no Oriente Médio. Caso Pequim consiga convencer os Estados destas regiões a não "ficarem presos nas armadilhas do Ocidente", a China poderá ampliar seu mercado de forma considerável. Enquanto isso, os números falam por si. Se há cinco anos 39% do mercado de celulares era controlado pela Samsung e Apple, agora 35% pertence a três empresas chinesas: Huawei, Xiaomi e Oppo.
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