Chineses e norte-americanos disputam refinaria da Petrobras

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Publicado Terça, 17 de Dezembro de 2019 às 10:52, por: CdB

Com capacidade para o processamento de 150 mil barris por dia, a Regap é a quinta maior refinaria entre as oito colocadas à venda pela estatal como parte de um plano de que visa levantar bilhões de dólares para pagamento de dívidas e aumento do foco em exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas.

 
Por Redação, com Reuters - do Rio de Janeiro
  A chinesa Sinopec e a norte-americana EIG Global Energy Partners entregaram ofertas não vinculantes para a compra da refinaria Regap, da Petrobras, disseram três fontes com conhecimento do assunto, nesta terça-feira.
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Petroleiros também dizem que a venda das refinarias da Petrobras, sem consultar o Congresso Nacional, é mais um ataque direto à democracia no Brasil
Com capacidade para o processamento de 150 mil barris por dia, a Regap é a quinta maior refinaria entre as oito colocadas à venda pela estatal como parte de um plano de que visa levantar bilhões de dólares para pagamento de dívidas e aumento do foco em exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) tem, constantemente, criticado esta opção da estatal.

Oferta

Localizada em Minas Gerais, a Regap é a única refinaria da Petrobras à venda na região Sudeste, a mais desenvolvida do país e coração da indústria de petróleo local. Ela faz parte de um segundo bloco de quatro refinarias colocadas à venda pela Petrobras. A oferta marca a entrada da EIG na corrida, à medida que a empresa de private equity com sede em Washington busca aumentar sua presença no setor energético brasileiro. A agência inglesa de notícias Reuters havia noticiado, no mês passado o interesse da EIG pela Regap. No caso do primeiro bloco de quatro refinarias ofertadas, a agência noticiou em novembro que a Sinopec entregou uma oferta não vinculante pela Rlam, refinaria localizada na Bahia.

Petróleo

Outras empresas selecionadas para a fase de ofertas vinculantes pelo primeiro bloco de refinarias incluem a Mubadala, companhia investidora de Abu Dhabi, e as distribuidoras de combustíveis Ultrapar e Raízen. A Regap pode agregar eficiência operacional à EIG, que possui o Porto de Açu, no Rio de Janeiro. O petróleo recebido no porto poderia ser transportado por 500 quilômetros até a Regap. A EIG também é proprietária de uma grande parcela do gasoduto Bolívia-Brasil, além de já ter feito ofertas por outros ativos da Petrobras em meio aos desinvestimentos da estatal.
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