Combates de rua surgiram em Bagdá no sábado, quando jovens armados com fuzis e lança-granadas combateram tropas norte-americanas numa área muçulmana sunita, contaram testemunhas.
Dezenas de homens armados, com os rostos escondidos por lenços de cabeça árabes, atacaram uma delegacia de polícia e dispararam contra soldados americanos no distrito de Adhimiya, na zona noroeste de Bagdá. Jornalistas da Reuters viram um iraquiano ser baleado e morto em seu carro no momento em que tentava fugir da área.
Enquanto a violência chegava à capital iraquiana, as forças americanas propunham um novo acordo de cessar-fogo na cidade de Falluja, onde uma semana de combate já deixou centenas de mortos.
Na cidade de Kerbala, um santuário xiita, peregrinos se reuniram em número muito menor que o esperado para celebrar o Arbain, uma data sagrada que, segundo autoridades americanas, poderia virar alvo de militantes sunitas.
A oferta americana de trégua surgiu depois que políticos, criticando o ``castigo coletivo'' imposto à população de Falluja, exigiram o fim dos piores combates desde a queda de Saddam Hussein.
As forças americanas anunciaram na sexta-feira a suspensão das operações ofensivas em Falluja, situada a oeste de Bagdá, mas a medida unilateral não conseguiu interromper os combates, e novos choques irromperam no sábado.
Há dez dias, quatro americanos foram mortos e seus corpos foram mutilados publicamente em Falluja, fato que desencadeou a retaliação americana.
Em outros ataques, um tanque americano foi incendiado numa rodovia a oeste de Bagdá, e habitantes locais disseram que o veículo foi atingido por uma granada impulsionada por foguete disparada por um menino de 10 anos.