Ciro prevê 'empate muito tenso' pelo segundo lugar

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Publicado Segunda, 23 de Setembro de 2002 às 20:48, por: CdB

Candidato da Frente Trabalhista à Presidência da República, Ciro Gomes avaliou ontem, durante entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, que acredita em um "empate muito tenso" na disputa pelo segundo lugar na corrida presidencial. O trabalhista ainda acredita nas suas chances de chegar ao segundo turno. Ciro também voltou a negar que tenha "pavio curto" e aproveitou para desqualificar seus adversários. "Nossas indicações é de que há aí um empate muito tenso e acredito que é isso que vai ser resolvido agora", disse Ciro ao responder pergunta do apresentador William Bonner. Ciro voltou a se defender da fama de pavio curto ao responder pergunta da apresentadora Fátima Bernardes. "Meus adversários tentaram muito mostrar isso, mas acredito que com o tempo as pessoas perceberam que isso era um ataque", disse Ciro. O candidato também fez questão de se apresentar, mais uma vez, como uma alternativa ao eleitorado. "Nós achamos que continuar o que está aí não é possível, o que significaria um voto em José Serra. Votar em Lula pode até ser uma expressão de revolta, mas depois da revolta e do protesto a gente lembra que há um país para governar", disse Ciro. A entrevista ao Jornal Nacional durou dez minutos e a atmosfera entre os apresentadores e o candidato foi mais tranqüila do que na primeira rodada de perguntas e respostas, há cerca de um mês. Ciro disse que qualquer pessoa que conviva diariamente com uma câmera corre o risco de ter "reações mal interpretadas" referindo-se, entre outros momentos polêmicos, àquele no qual ele diz que o principal papel de Patrícia Pilar, sua namorada, era o de dormir com ele. "O presidente Fernando Henrique chamou os aposentados brasileiros de vagabundos, presidente chamou os adversários de 'neo-bobos', o presidente chamou o povo brasileiro de caipira e nunca se fez contra ele o ataque de desequilíbrio, intempestividade ou pavio curto", defendeu-se Ciro Gomes. Para Ciro, porém, a fase dos ataques na campanha já passou. "Agora, na hora que o povo está caminhando para a decisão, rapidamente as pessoas estão percebendo que ninguém me atacou a honestidade, a seriedade das nossas propostas, ninguém atacou a nossa competência e isso é o que está em discussão." Para ele, a campanha teve muitas baixarias. "Eu estou aqui cheio de cicatrizes e pancadas", mas disse estar preparado para seguir em frente. "Eu quero ser presidente para abraçar 50 milhões de pobres que estão sem perspectiva no Brasil".

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