Conservadores de May ganham assento no parlamento britânico

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Publicado Sexta, 24 de Fevereiro de 2017 às 10:55, por: CdB

Os conservadores conquistaram o assento de Copeland, região do noroeste onde o Partido Trabalhista dominava desde 1935

Por Redação, com Reuters - de Londres:

O Partido Conservador da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, obteve uma vitória história em uma eleição parlamentar extraordinária nesta sexta-feira, fortalecendo sua posição às vésperas das negociações da desfiliação britânica da União Europeia, o chamado Brexit, enquanto seus rivais sofreram contratempos danosos.

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Primeira-ministra britânica, Theresa May, durante evento em Londres

Os conservadores conquistaram o assento de Copeland, região do noroeste onde o Partido Trabalhista dominava desde 1935. O primeiro êxito obtido por um partido governista em uma votação de preenchimento de vaga parlamentar em 35 anos. Um resultado que aumenta a pressão sobre o líder socialista opositor Jeremy Corbyn, já sob fogo cerrado.

Em Stoke-on-Trent, cidade do centro da Inglaterra, Paul Nuttall, líder do oposicionista, populista e anti-UE Partido da Independência do Reino Unido. Não conseguiu superar uma maioria trabalhista apesar de quase 70 %  dos eleitores locais terem apoiado o Brexit no referendo do ano passado. Também lançando dúvidas seu futuro.

Os conservadores também viram sua fatia de votos crescer em Stoke na comparação com a eleição de 2015.

Os dois resultados apontam para um aumento do poder político de May na sequência da votação do Brexit. E serão usados como indício de que sua estratégia de buscar um rompimento total com a UE. Está contendo o populismo de direita crescente sem afetar sua capacidade de roubar votos de um Partido Trabalhista cada vez mais à esquerda.

Embora os trabalhistas tenham evitado o pior cenário de duas derrotas, Corbyn deve enfrentar novas críticas.

Resultado

– O resultado... é um desastre para nós. Não deveríamos tentar insultar a inteligência das pessoas insinuando outra coisa – disse o parlamentar trabalhista John Woodcock à rádio BBC.

Muitos de seus colegas temem que a liderança de Corbyn esteja prejudicando sua luta por um Brexit "mais suave". Que preservaria laços mais próximos com o mercado comum da UE. E que sua pauta da esquerda esteja tornando o partido inelegível antes do pleito nacional de 2020.

– Na verdade estamos a caminho de uma derrota histórica e catastrófica – afirmou Woodcock.

– Este é um momento em que o país realmente precisa de uma oposição eficiente. Eles precisam de uma alternativa ao que acho ser uma abordagem muito prejudicial que o governo conservador está adotando na questão da saída da União Europeia – disse.

Apesar do desassossego já antigo nos primeiros escalões de seu partido, é improvável que Corbyn tenha sua posição desafiada porque tem um apoio forte do movimento de base dos trabalhistas, que o reelegeu no ano passado após um golpe malsucedido.

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