Coreia do Norte testa outro míssil mas Trump prefere não polemizar

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Publicado Domingo, 12 de Fevereiro de 2017 às 14:45, por: CdB

O teste da Coreia do Norte parece ter sido feito com um míssil de alcance intermediário do tipo Musudan, que caiu no mar do Japão. De acordo com o Exército sul-coreano, não seria um Míssil Balístico Intercontinental

 

Por Redação, com agências internacionais - de Pyongyang e Washington

 

A Coreia do Norte lançou, neste domingo, um míssil balístico com capacidade para transportar ogivas nucleares. O projétil foi lançado de um submarino, pela manhã (hora de Brasília). Trata-se do primeiro teste desse tipo desde a eleição do presidente norte-americano, Donald Trump, cujo governo indicou que não dará uma resposta calibrada “para evitar a escalada de tensões”.

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O míssil lançado pela Coreia do Norte tem capacidade média, segundo a inteligência norte-americana

O teste parece ter sido feito com um míssil de alcance intermediário do tipo Musudan, que caiu no mar do Japão. De acordo com o Exército sul-coreano, não seria um Míssil Balístico Intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), cujo teste a Coreia do Norte havia anunciado.

Míssil balístico

Os Estados Unidos também informaram que se tratou de um teste de médio alcance — ou intermediário — pela Coreia do Norte, segundo o Comando Estratégico do Exército dos Estados Unidos. O teste não representa uma ameaça para a América do Norte, disse a corporação.

— Os sistemas do Comando Estratégico dos EUA detectaram e rastrearam o que avaliamos como um lançamento de míssil norte-coreano às 16h55 (hora local). O lançamento de um míssil balístico de alcance médio ou intermediário ocorreu perto da cidade de Kusong — acrescentou o porta-voz tenente-coronel Martin O'Donnell.

O Comando Estratégico disse ainda que rastreou o míssil da Coreia do Norte até o mar do Japão. O órgão não especificou se o lançamento foi um sucesso ou se falhou.

O Comando acrescentou que as forças militares dos EUA “permanecerão vigilantes diante das provocações da Coreia do Norte e estão totalmente comprometidas a trabalhar de perto com aliados da República da Coreia e Japão para manter a segurança”.

Surpresa da
Coreia do Norte

Uma autoridade dos EUA, falando em condição de anonimato, disse que o governo Trump estava esperando uma “provocação” da Coreia do Norte logo após o início do mandato e considerará uma ampla gama de opções em resposta ao teste de míssil de Pyongyang, mas calibrada para mostrar a determinação dos EUA enquanto evitam a escalada da tensão. Foi a primeira vez que o país isolado testou um dispositivo do tipo desde a eleição do presidente Trump.

— Isto não foi uma surpresa. O líder da Coreia do Norte gosta de chamar a atenção em momentos como este — disse a fonte.

O teste ocorreu em meio a visita do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, aos EUA. Logo após Trump conversar, por telefone, na semana passada com o presidente chinês, Xi Jinping. O novo governo também pode aumentar a pressão sobre a China para que controle a Coreia do Norte, refletindo a visão expressada anteriormente por Trump de que Pequim não fez o suficiente neste front, disse a autoridade.

Apoio total

O presidente Donald Trump afirmou, na noite passada que os Estados Unidos apoiam plenamente o Japão. Ele falou logo após lançamento de míssil feito pela Coreia do Norte.

— Eu quero que todo mundo entenda, e saiba plenamente, que os Estados Unidos da América apoiam o Japão. É nosso grande aliado, 100% — disse Trump a jornalistas. Ele falou durante uma declaração conjunta com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, sem fazer nenhum outro comentário.

Ainda segundo a administração Trump, os Estados Unidos estão comprometidos com a segurança de seus aliados na região do Pacífico. E vão dar apoio a esses aliados contra qualquer hostilidade da Coreia do Norte.

— A mensagem é que nós vamos fortalecer e assegurar nossas alianças vitais na região do Pacífico. Faremos isso como parte de nossa estratégia para deter e prevenir um aumento na hostilidade. É o que temos visto por parte do regime norte-coreano — disse o assessor da Casa Branca Stephen Miller.

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