Coreia do Norte chama Pompeo de 'toxina resistente'

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Publicado Sexta, 23 de Agosto de 2019 às 09:21, por: CdB

Desde a cúpula do Vietnã, a Coreia do Norte exigiu que Pompeo seja substituído por uma pessoa “mais madura”, ao mesmo tempo em que louvou o entendimento entre Kim e Trump.

Por Redação, com Reuters - de Seul

O diplomata mais graduado da Coreia do Norte disse nesta sexta-feira que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, é uma “toxina resistente” que só complica as conversas de desnuclearização e que seu país está pronto tanto para um diálogo quanto para um impasse.
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Ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong Ho
As conversas visando o desmantelamento dos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte travaram desde uma segunda cúpula mal-sucedida entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, em Hanói, capital do Vietnã, em fevereiro. Trump e Kim se reencontraram na fronteira intercoreana em junho e concordaram em retomar negociações de trabalho, o que não aconteceu. Desde a cúpula do Vietnã, a Coreia do Norte exigiu que Pompeo seja substituído por uma pessoa “mais madura”, ao mesmo tempo em que louvou o entendimento entre Kim e Trump. O ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong Ho, que participou da reunião em Hanói ao lado de Pompeo, classificou o principal negociador norte-americano como a “toxina resistente da diplomacia dos EUA”, que emprega uma “retórica de sanções banal”.

Comentários de Pompeo

Ri se referia a comentários de Pompeo em entrevistas recentes à imprensa nas quais disse que as sanções serão mantidas até Pyongyang adotar ações concretas para a desnuclearização. – Ele é verdadeiramente imprudente o suficiente para pronunciar tais palavras impensadas, que só nos deixam decepcionados e céticos quanto a podermos solucionar qualquer problema com um sujeito assim – disse Ri em um comunicado publicado pela agência de notícias KCNA. Ri também acusou Pompeo de lançar “sombras escuras” sobre as conversas e de estar mais interessado em suas ambições políticas do que na política externa dos EUA. – Se os EUA ainda nutrem o sonho impossível de ganhar tudo através de sanções, ficamos com duas opções, ou deixá-los desfrutar o sonho que os acalenta ou acordá-los do sonho – disse Ri. – Estamos prontos tanto para o diálogo quanto para o impasse.
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