Coreia do Norte precisa de garantias de segurança para implantar desnuclearização, diz Putin

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Publicado Quinta, 25 de Abril de 2019 às 09:53, por: CdB

Putin afirmou que a Coreia do Norte precisa de garantias internacionais de segurança a fim de encerrar o programa nuclear do país e que essas garantias, para funcionar, precisariam ser oferecidas dentro de uma estrutura multinacional.

Por Redação, com Reuters - de Moscou

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que ele e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, conversaram sobre a desnuclearização da península coreana, sanções e os Estados Unidos durante uma reunião de cúpula nesta quinta-feira.
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Presidente russo, Vladimir Putin, e líder norte-coreano, Kim Jong Un, em Vladivostok
– Nós, eu e meus colegas, estamos satisfeitos com o resultado das conversas –disse Putin a repórteres após o fim do encontro. Putin afirmou que a Coreia do Norte precisa de garantias internacionais de segurança a fim de encerrar o programa nuclear do país e que essas garantias, para funcionar, precisariam ser oferecidas dentro de uma estrutura multinacional. Kim, que chegou a Vladivostok um dia antes em seu trem blindado, disse que a situação na península coreana “é uma questão na qual o mundo está muito interessado”. Sentado diante de Putin e do restante da delegação russa, ele disse que foi à Rússia para se encontrar com Putin pessoalmente e para trocar opiniões sobre o impasse nuclear. Ele disse querer “debater questões de estabilidade estratégica e administração conjunta da situação no futuro, e desenvolver nossas relações tradicionais para atender as exigências de um novo século”. Uma segunda sessão de conversas com delegações maiores terminou sem comunicados de nenhum lado. Depois os dois líderes compareceram a um jantar de gala, no qual brindaram um ao outro e assistiram números de música e de dança tradicionais apresentados por artistas russos. Como as conversas entre a Coreia do Norte e os EUA travaram, a cúpula de Vladivostok dá a Pyongyang a oportunidade de buscar apoio de um novo parceiro, a Rússia, e um possível alívio das sanções que prejudicam sua economia. Para o Kremlin, a reunião é uma chance de mostrar que o país é um protagonista diplomático global, apesar dos esforços de Washington e de outros países ocidentais para isolá-lo.
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