Delegações de 85 países participam de encontro na capital da Venezuela

Arquivado em:
Publicado Domingo, 24 de Fevereiro de 2019 às 14:50, por: CdB

João Pedro Stedile, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e articulador da Via Campesina Internacional, afirmou que a data escolhida para realização do evento simboliza a solidariedade à Venezuela.

 
Por Redação, com BdF - de Caracas
  Teve início, neste domingo, na capital venezuelana, a Assembleia Internacional dos Povos (AIP), com a participação de delegações de 85 países. O encontro será encerrado na próxima quarta-feira. Em coletiva de imprensa, os membros do comitê articulador do evento ofereceram detalhes sobre a organização.
assembleia-venezuela.jpg
O encontro de delegações multilaterais se realiza em um momento em que a Venezuela carece de apoio internacional
João Pedro Stedile, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e articulador da Via Campesina Internacional, afirmou que a data escolhida para realização do evento simboliza a solidariedade à Venezuela, alvo de ataques de governos vizinhos e dos Estados Unidos. — Estamos aqui, a comissão coordenadora da Assembleia Internacional dos Povos. Levamos dois anos nos preparando e marcamos justamente a Assembleia para ser realizada aqui em Caracas, nesta data, como uma forma de solidariedade de todas as organizações do mundo ao governo de Nicolás Maduro e ao povo da Venezuela — afirmou Stedile, a jornalistas.

Defesa da vida

A representante da Espanha, Marga Ferré, afirmou que, embora governos europeus tenham defendido abertamente uma intervenção na Venezuela, esta não é a posição majoritária dos cidadãos desses países – que rejeitam a violência como forma de solução de conflitos. — Os povos da Europa não querem uma intervenção militar, e parte do que vamos debater aqui nestes dias é como construir uma agenda de solidariedade com a Venezuela e trabalhá-la também na Europa. Para dizer algo que acreditamos profundamente: cada povo tem o direito de ser governado como queira — ressaltou.

Mais pobres

Já a representante dos Estados Unidos, Claudia Cruz, integrante do Projeto Educação Popular no país, classificou como "imoral" a posição do governo de Donald Trump e apresentou contradições no discurso sobre a "crise humanitária" no país latino-americano. — É uma vergonha, é criminoso, é imoral que os Estados Unidos, um país onde vivem 140 milhões de pessoas pobres, onde há seis milhões de pessoas que convivem diariamente com a fome, venha a dizer que na Venezuela há uma crise humanitária. Venezuela tem a resistência e a defesa de uma revolução que permitiu redistribuir as riquezas aos mais pobres, aos despossuídos. Venezuela não tem uma crise humanitária. Na Venezuela, há uma luta em defesa da vida. Os Estados Unidos não podem dizer isso. A Venezuela é um exemplo da luta pela dignidade de todos os povos do mundo, e por isso estamos aqui — afirmou. Neste domingo, como parte da abertura da Assembleia, foi realizado “um show pela paz”, segundo os organizadores do encontro.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo