Deputado argentino morre após sofrer ataque 'ao estilo da máfia' 

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Publicado Segunda, 13 de Maio de 2019 às 12:00, por: CdB

A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, disse que todos os integrantes do grupo haviam sido detidos, incluindo um deles que havia atravessado a fronteira para o Uruguai.

Por Redação, com Reuters - de Buenos Aires

O parlamentar argentino Héctor Olivares morreu no domingo após ser vítima de disparos, no que autoridades chamaram de ataque “ao estilo da máfia” próximo ao Congresso no centro de Buenos Aires na quinta-feira, informou a agência estatal Telam.
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Congresso Nacional argentino, em Buenos Aires
Olivares fora submetido a uma cirurgia após os disparos e seu estado era grave, segundo autoridades. Ele morreu no hospital Ramos Mejia, em Buenos Aires, informou a Telam, mencionando a polícia e fontes jurídicas. O assessor governamental Miguel Yadón também foi baleado no ataque e morreu no local. Autoridades argentinas anunciaram na sexta-feira a prisão dos integrantes da gangue responsável pelo ataque. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, disse que todos os integrantes do grupo haviam sido detidos, incluindo um deles que havia atravessado a fronteira para o Uruguai. Autoridades locais e a imprensa indicaram que a motivação do ataque fora pessoal, e não política, e que o grupo visara especificamente Yadón.

Cristina Kirchner

O lançamento de um livro em Buenos Aires será o evento mais badalado da Argentina nesta semana. A ex-presidente Cristina Kirchner lançará um livro de memórias na noite desta quinta-feira, acontecimento que deve atrair milhares e está fomentando a especulação de que ela pode anunciar planos para concorrer nas eleições nacionais deste ano. Muitos acreditam que Cristina, líder de esquerda que comandou a Argentina de 2007 a 2015, desafiará o presidente de centro-direita Mauricio Macri, e ela está crescendo nas pesquisas agora que uma crise econômica abala o governo. A Argentina enfrenta uma inflação persistente e a desvalorização do peso, problemas que derrubaram o índice de aprovação de Macri nas pesquisas de opinião e alimentaram os rumores de que Cristina pode ter sucesso em sua volta. O livro, uma coletânea de histórias pessoas de 600 páginas que está vendendo rápido no país latino-americano, ataca seus rivais políticos autodenominados “peronistas militantes” e se refere ao arqui-inimigo Macri como o “caos”. Cristina ainda não anunciou planos para concorrer em outubro próximo oficialmente, mas tem mais de um mês até a data limite de 22 de junho para se pronunciar formalmente — e pode muito bem passar ao largo do tema nesta quinta-feira. Em fevereiro, a Reuters noticiou que Cristina pretende enfrentar Macri, mas ela enfrenta resistências, inclusive na diversificada oposição peronista da qual é uma figura de ponta. A incerteza sobre os planos de candidatura de Cristina abalou os mercados locais. Investidores estrangeiros desconfiam da ex-presidente populista, que durante seu governo aumento as taxas de importação, elevou os subsídios e adotou controles monetários. Suas memórias serão lançadas na Feira Internacional do Livro de Buenos Aires sob um esquema forte de segurança, e telões de TV transmitirão o evento dentro e fora do local. O lançamento ocorre semanas antes de ela ir a julgamento devido a acusações de corrupção, incluindo alegações de que liderou um esquema de corrupção envolvendo políticos e executivos durante seus anos no poder, mas ela tem imunidade de prisão por ser senadora. Cristina negou várias vezes as acusações.
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