Desempenho da economia contradiz previsões do ministro Paulo Guedes

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Publicado Segunda, 04 de Janeiro de 2021 às 19:13, por: CdB

A taxa fechou 2020 na mínima histórica de 2% e o Focus aponta manutenção desse valor na primeira reunião deste ano, em 19 e 20 de janeiro. Para o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, a Selic também deve fechar este ano a 3% e ir a 4% no ano que vem, sem alterações.

Por Redação - de Brasília

Nos últimos dias do ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, traçou uma série de previsões para o desenvolvimento, imediatamente contestadas por economistas das mais diversas correntes acadêmicas. Elas, agora, são contestadas nos números da pesquisa Focus, do Banco Central, divulgados nesta segunda-feira.

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Ministro da Economia, Paulo Guedes segue no rumo do Chile, que vive uma de suas mais agudas crises sociais

De acordo com o estudo, analistas do mercado financeiro reduziram as expectativas tanto para a taxa básica de juros quanto para o desempenho da economia em 2021. Neste ano, a projeção é de que a taxa básica Selic encerre a 3%, contra 3,13% na mediana das projeções da semana anterior, indo a 4,50% no fim de 2022.

A taxa fechou 2020 na mínima histórica de 2% e o Focus aponta manutenção desse valor na primeira reunião deste ano, em 19 e 20 de janeiro. Para o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, a Selic também deve fechar este ano a 3% e ir a 4% no ano que vem, sem alterações.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando a Selic é mantida, o comitê considera que ajustes anteriores foram suficientes para manter a inflação sob controle.

Inflação

O levantamento semanal apontou ainda que os economistas consultados passaram a ver contração de 4,36% do Produto Interno Bruto (PIB), que resulta da soma de todas as riquezas do país, em 2020, de queda de 4,4% antes. Para 2021, o crescimento do PIB passou a ser estimado em 3,4%, 0,09 ponto percentual a menos do que na semana anterior. Para 2022 a expectativa é de crescimento de 2,5%.

Para a inflação, a pesquisa mostra estimativa de 4,38% em 2020, de 4,39% antes. Para este ano a conta é de uma alta do IPCA de 3,32%, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,34% antes, com avanço de 3,50% em 2022. O centro da meta oficial de 2020 é de 4%, para 2021 é de 3,75% e para 2022 é de 3,50%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Ainda segundo o boletim Focus, a cotação do dólar para 2021 foi mantida em R$ 5,00. O valor estimado para 2022, por sua vez, foi reduzido de R$ 4,55 para R$ 4,50.

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