Desemprego bate marca histórica de 14 milhões de brasileiros na rua

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Publicado Sexta, 23 de Outubro de 2020 às 11:24, por: CdB

A edição mensal da pesquisa estimou que a população desocupada, que era de 10,1 milhões no começo da pesquisa, em maio, passou para 13,5 milhões em setembro, mais um recorde da série histórica. O aumento foi de 4,3% no mês e de 33,1% desde maio, segundo o IBGE.

Por Redação - do Rio de Janeiro
A taxa de desemprego apresentou uma elevação de 13,6% em agosto para 14,0% em setembro, a maior da série histórica da Pnad Covid, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para medir os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho e a saúde dos brasileiros.
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O número de jovens desempregados tende a crescer, nos próximos meses, em face da pandemia
A edição mensal da pesquisa estimou que a população desocupada, que era de 10,1 milhões no começo da pesquisa, em maio, passou para 13,5 milhões em setembro, mais um recorde da série histórica. O aumento foi de 4,3% no mês e de 33,1% desde maio, segundo o IBGE. “Há um aumento da população desocupada ao longo de todos esses meses. Esse crescimento se dá em função tanto das pessoas que perderam suas ocupações até o mês de julho quanto das pessoas que começam a sair do distanciamento social e voltam a pressionar o mercado de trabalho”, disse, em nota, a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.

Recuperação

A pesquisa estimou a população ocupada do país em 82,9 milhões de pessoas em setembro, aumento de 1% frente ao mês anterior e retração de 1,7% em relação a maio. “A população ocupada era de 84,4 milhões em maio e caiu até o mês de julho, quando volta a ter variações positivas, chegando ao contingente de 82,9 milhões em setembro. Ainda está abaixo do número que tínhamos em maio, mas já mostrando uma leve recuperação nos meses de agosto e setembro”, afirmou a pesquisadora. A força de trabalho, soma da população ocupada e da desocupada, passou de 94,5 milhões, em maio, para 96,4 milhões em setembro. O número de pessoas fora da força de trabalho caiu 1,5% em relação a agosto, chegando a 74,1 milhões. Já a taxa de desemprego passou de 13,6%, em agosto, para 14%, a maior da série histórica da pesquisa.

Auxílio emergencial

Em setembro, o percentual de domicílios onde algum morador recebeu auxílio para combater os efeitos da pandemia foi de 43,6%. Em agosto era de 43,9%. Foram atendidos 29,9 milhões em setembro frente aos 30,1 milhões de agosto. O valor médio do benefício recebido pela população foi de R$ 894 por domicílio. “O percentual de domicílios onde algum morador recebia auxílio emergencial ficou estável nesses últimos quatro meses”, disse Maria Lucia, em nota. Entre os tipos de auxílio abordados pela pesquisa estão o emergencial, destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados, e a complementação do governo federal pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.
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