Desemprego entre os mais jovens alcança taxa recorde na série histórica

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Publicado Sexta, 15 de Maio de 2020 às 15:47, por: CdB

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desemprego entre os jovens cresceu em relação ao último trimestre de 2019, quando a taxa era de 23,8%.

Por Redação - do Rio de Janeiro
A taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos de idade brasileiros ficou em 27,1% no primeiro trimestre de 2020, bem acima da média geral de 12,2% do país no período. Este comportamento foi verificado nas cinco grandes regiões, com destaque para o Nordeste, onde a estimativa foi de 34,1% de desempregados nesta faixa etária.
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O número de jovens desempregados tende a crescer, nos próximos meses, em face da pandemia
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desemprego entre os jovens cresceu em relação ao último trimestre de 2019, quando a taxa era de 23,8%.

Temporários

Segundo a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy, o crescimento é esperado devido às dispensas de trabalhadores temporários contratados para o período de final do ano. — A maior parte dos temporários dispensados no início do ano são jovens, o que faz com que a queda no nível de ocupação seja maior nesta faixa — explica Adriana. Outro dado da pesquisa é que a taxa entre as mulheres brasileiras ficou em 14,5% no primeiro trimestre deste ano, 4,1 pontos percentuais acima da taxa observada entre os homens no mesmo período (10,4%).  Os dados também mostram disparidade entre as pessoas que autodeclararam sua cor para o IBGE. A taxa entre os brancos ficou em 9,8%, bem abaixo das pessoas pardas (14%) e pretas (15,2%). Para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto, a taxa ficou em 20,4%, superior à verificada para os demais níveis de instrução. Aqueles com nível superior completo registraram uma taxa de 6,3%.

Estados

As maiores taxas de desemprego no primeiro trimestre deste ano foram registradas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%), Alagoas e Roraima (16,5%). Já as menores ficaram com Santa Catarina (5,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Paraná (7,9%). A elevação nos índices de desemprego apontado pela pesquisa é reflexo de quedas nos indicadores econômicos do país, em março. Trata-se do primeiro mês com medidas de isolamento social decretadas para conter o avanço do novo coronavírus. Ainda segundo pesquisa do IBGE, o setor de serviços, responsável por 60% do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda recorde no mês, de 6,9%. Já as vendas do comércio brasileiro caíram 2,5% em março. A produção industrial, afetada pela queda nas vendas, caiu 9,1%, no pior resultado desde a greve dos caminhoneiros de 2018.
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