Dilma classifica erro em pesquisa como lamentável

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Publicado Quinta, 21 de Julho de 2016 às 12:01, por: CdB

Segundo Dilma, uma diferença de 3% para 62% em relação ao que quer a população não é trivial

Por Redação, com Agências de Notícias - de Brasília:
A presidenta afastada, Dilma Rousseff, comentou, nesta quinta-feira, em entrevista concedida à Rádio Pampa, do Rio Grande do Sul, a fraude da pesquisa Datafolha. A fraude foi divulgada pelo site independente de notícias Intercept. Dilma disse que "desde a eleição de 2014, a oposição abre o terceiro turno e que pediram recontagem de votos e auditoria nas urnas, mas nenhuma irregularidade foi encontrada". - Não costumo comentar pesquisa, mas um fato deve ser olhado. Uma diferença de 3% para 62% em relação ao que quer a população não é trivial - disse Rousseff.
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Dilma Rousseff disse que não costuma comentar pesquisa, mas um fato deve ser olhado
- Não é um descuido, o que é lamentável, porque todo mundo tinha em alta conta esse instituto de pesquisa - completou. Sobre o impeachment, Dilma disse que há chance de reverter o processo. - Os senadores têm nível de responsabilidade muito forte, são grandes lideranças - disse. - Os senadores têm também condições de assumirem responsabilidade de forma vertical. A acusação é muito frágil. Cunha aceitou o processo por vingança - afirmou.

Datafolha

Após a publicação do site independente de notícias Intercept, o jornal voltou a publicar dados da pesquisa na noite dessa quarta-feira. Desta vez, trazendo as respostas sobre a porcentagem de entrevistados favoráveis a novas eleições em caso de perguntas estimuladas. Na nova reportagem, o jornal mostrou que o resultado foi 62% de brasileiros favoráveis a novas eleições nas respostas estimuladas, ou seja, quando especificamente foi perguntado: “Você é a favor ou contra Michel Temer e Dilma Rousseff renunciarem para convocação de novas eleições para a Presidência da República ainda este ano?”. A Folha, na reportagem publicada em sua versão online, alega que a diferença entre os resultados do recorte da pesquisa publicado anteriormente no fim de semana e os agora apresentados “causou polêmica na internet”, “depois que o site The Intercept publicou texto acusando a Folha de cometer fraude jornalística com pesquisa manipulada visando alavancar Temer”. The Intercept, no artigo assinado pelos jornalistas Glenn Greenwald e Erik Dau, afirmou que o Instituto Datafolha admitiu imprecisão na análise dos dados, ao divulgar a pesquisa sobre a preferência do brasileiro em relação à permanência de Michel Temer ou a volta de Dilma Rousseff. Luciana Schong, do Datafolha, disse ao site de notícias que "qualquer análise desses dados que alegue que 50% dos brasileiros querem Temer como presidente seriam imprecisos, sem a informação de que as opções de resposta estavam limitadas a apenas duas." No artigo de quarta, Luciana afirmou ao Intercept que foi a Folha, e não o instituto de pesquisas, quem estabeleceu as perguntas a serem feitas aos entrevistados e reconheceu "o aspecto enganoso na afirmação de que 3% dos brasileiros querem novas eleições", “já que essa pergunta não foi feita aos entrevistados”, quando a pergunta foi sobre a permanência de Temer ou a volta de Dilma. Na matéria da Folha online da noite, o jornal alega que, na publicação de domingo da pesquisa, há um quadro que detalha duas respostas dadas espontaneamente pelos entrevistados quando a pergunta foi o que eles pensavam sobre a volta de Dilma ou a permanência de Temer: “nenhum dos dois” ou “novas eleições”. “Não há erro, e tanto a Folha quanto o Datafolha agiram com transparência”, diz a matéria divulgada de noite pela Folha online.
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