Dirceu avisa que Bolsonaro tentará o golpe de Estado, se não for impedido a tempo

Arquivado em:
Publicado Segunda, 20 de Abril de 2020 às 12:43, por: CdB

Segundo José Dirceu, "não podemos desprezar que Bolsonaro, apesar da perda de apoio entre os partidos de centro-direita, na sociedade civil e mesmo entre grandes empresários, ainda conta com forte base social, fundamentalista e politizada”.

Por Redação - de Brasília
O ex-ministro José Dirceu afirma que, ao participar de atos pró-intervenção militar no Brasil, Jair Bolsonaro "cometeu aberta e conscientemente crime de responsabilidade. Se não for detido, caminhará para o golpe”. Segundo o ex-ministro, "para as esquerdas não há outro caminho. É preciso propor o impedimento de Bolsonaro e lutar por ele”.
dirceu-lula-marques.jpg
Dirceu alerta para o risco que corre a democracia brasileira sob o jugo de Bolsonaro
— Não se trata só de uma ameaça à democracia, mas do início de um golpe de estado, que precisa e pode ser derrotado. Esta é a hora. O país precisa de eleições gerais e de uma nova Constituição que deve vir pela soberania popular — escreveu, em texto publicado no site Nocaute.

Grupelhos

Segundo José Dirceu, "não podemos desprezar que Bolsonaro, apesar da perda de apoio entre os partidos de centro-direita, na sociedade civil e mesmo entre grandes empresários, ainda conta com forte base social, fundamentalista e politizada”. — Além das minorias agrupadas em torno de milícias, baixas patentes das Forças Armadas e um contingente expressivo das Polícias Militares — acrescentou. Dirceu afirma, ainda, que não há "vazio de poder no Brasil”. — Há um poder que se divide, se fraciona, perde legitimidade, mas ainda tem o respaldo das Forças Armadas expresso pelos generais-ministros instalados no Planalto e pelo grande número de militares lotados em órgãos de governo. A forte presença militar na disputa política e no exercício do poder no Brasil de Bolsonaro, o que é uma violação flagrante da Constituição e do Estado de Direito, coloca para as esquerdas a gravidade e o risco de uma ruptura institucional ou simplesmente de uma tutela militar aberta — concluiu.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo