Diretas Já, projeto nacional e outra República!

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Publicado Terça, 20 de Junho de 2017 às 06:55, por: CdB



Por Vinícius Puhl - de Porto Alegre:

O Governo acabou! Inimigo público por excelência e princípio, o Estado brasileiro cumpriu ao longo do último período o papel de manter o privilégio dos bancos e do dito 'mercado' em detrimento dos interesses nacionais, da soberania e da democracia. As reformas anti-nacionais e antipopulares (Previdência e Trabalhista) em curso, são apenas um exemplo deste papel nefasto. Propostas e conduzidas por agentes de um capitalismo senil, cuja fonte de riquezas é o saque, a fraude e a guerra, a sociedade brasileira percebe, perplexa, que é hora de levantar-se e dizer: basta!

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Diretas Já, projeto nacional e outra República

Nossa 'jovem nação' carece de um projeto nacional de desenvolvimento. Mas como no pensamento de que 'nada é mais poderoso do que uma idéia cujo tempo chegou...' de Victor Hugo, a hora é essa!

O momento é de construirmos um caminho diferente, inovar, realizar algo autêntico. E, sob o signo desse novo e desafiante tempo de crise. Ganhar a sociedade, mobilizar os trabalhadores e trabalhadoras para a luta por mudanças.

Nossa primeira Constituição republicana, que nasceu de um império decadente, militarmente anárquico. Sobretudo, embriagada pelo corporativismo, e agredida por federalistas, proprietários de escravos, agiotas e cafetões, que exigiam indenização pela abolição, e pelos republicanos.

Deve dar lugar a uma nova era democrática no país com a ampliação dos conceitos de cidadania e participação popular. Fortalecendo os pactos, sobretudo federativo e constitucional, ou seja, outra república.

Retrocessos

As constituições são a base pendular dos nossos sistemas democráticos ao longo da história. O fato determinante deste período de retrocessos é a tentativa de alterações profundas em seu texto. Com feridas profundas nas bases da Constituinte Cidadã de 1988. Revogando direitos sociais e a manutenção dos arcaicos costumes políticos, a ineficiência do estado e a decadência de seu funcionamento. Por exemplo, no campo dos tributos, em que predomina o rigor na arrecadação e o chamado “manicômio tributário”. Sob a égide do “Laissez faire, laissez passer, lê monde va de lui même” (Deixe fazer, deixe passar, o mundo vai por si mesmo), de Vincent de Gournay (1712 – 1759). Cujo discípulo foi o famoso Adam Smith, baluarte de uma elite decadente.

Outra república nasce da pátria, do espaço onde todos são iguais em deveres e direitos, da justiça e do equilíbrio. E, a proclamação de outra república só pode ser feita pelo povo brasileiro. Com o destino em suas mãos, de forma livre e soberana.

Hoje, diante da atual conjuntura 'a única forma de recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento. E de devolver a esperança ao nosso povo é a realização de eleições diretas'.

Uma Frente Ampla, suprapartidária, que congregue todos os que estão comprometidos com a ideia de que é o povo quem deve se pronunciar. É o caminho, cuja estrada se constrói com o trabalho, a consciência e a luta.

Vinícius Puhl, trabalha no Setor Industrial de Santa Rosa/RS, é dirigente do PCdoB, foi presidente da UJS e do Sintratel/RS.

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