Diretor da PF cumpre convocação do STF e encontra Barroso

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Publicado Quarta, 14 de Fevereiro de 2018 às 13:54, por: CdB

O código de ética da PF é de 2015 e veda algumas condutas dos integrantes da instituição. Um policial federal, por exemplo, é proibido de “utilizar-se de informações privilegiadas.

 
Por Redação - de Brasília

 

As declarações do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia — apontando a falta de indícios que incriminem Michel Temer em inquérito aberto para investigar irregularidades no decreto dos portos —, continuam a gerar reações dentro e fora da própria corporação. Na avaliação do presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (APDF), Edvandir Felix de Paiva, Segovia pode ter violado o código de ética da PF. Em paralelo, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que faz oposição ao governo federal, avalia entrar com uma ação popular na Justiça Federal de Brasília para pedir o afastamento do delegado do cargo.

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Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou o diretor da PF, Fernando Segóvia, a dar explicações

O código de ética da PF é de 2015 e veda algumas condutas dos integrantes da instituição. Um policial federal, por exemplo, é proibido de “utilizar-se de informações privilegiadas, de que tenha conhecimento em decorrência do cargo, função ou emprego que exerça, para influenciar decisões que possam vir a favorecer interesses próprios ou de terceiros”.

Entrevista

Um policial também não pode “comentar com terceiros assuntos internos que envolvam informações sigilosas; ou que possam vir a antecipar decisão ou ação do Departamento de Polícia Federal. Ou, ainda, comportamento do mercado”. É proibido e “expor, publicamente, opinião sobre a honorabilidade e o desempenho funcional de outro agente público”. E de “conceder entrevista à imprensa, em desacordo com os normativos internos”.

Em entrevista à agência inglesa de notícias Reuters; Segovia disse que até o momento não há indício de crime. Afirmou, ainda, que o delegado Cleyber Malta Lopes, à frente do inquérito, poderia até ser punido pela forma como fez 50 perguntas ao presidente; caso a defesa de Temer formalize uma reclamação.

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