Dólar cai e volta ao patamar de R$3,53

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Publicado Terça, 26 de Abril de 2016 às 08:33, por: CdB

Às 10:42, o dólar recuava 0,40%, a R$ 3,5342 na venda, após queda de 0,61% na véspera. O dólar futuro recuava cerca de 0,75%

Por Redação, com Reuters - de São Paulo:
O dólar caía em relação ao real nesta terça-feira, voltando ao patamar de R$ 3,53, após o Banco Central não anunciar atuações no mercado de câmbio nesta sessão, pelo segundo dia seguido. O mercado também continuava de olho na cena política do país, com os próximos passos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado e a formação da equipe econômica no eventual governo de Michel Temer.
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Apesar da queda do dólar frente ao real, operadores advertiam que o baixo volume de negócios nesta sessão pode causar alguma volatilidade
Às 10:42, o dólar recuava 0,40%, a R$ 3,5342 na venda, após queda de 0,61% na véspera. O dólar futuro recuava cerca de 0,75%. - O principal (para a queda do dólar) é a ausência do BC. Mas se cair muito, perto de 3,50 reais, acho que o BC pode entrar - disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Corrêa. Até o momento, o BC não anunciou intervenção, repetindo a estratégia da véspera, quando também ficou recolhido. O BC vinha realizando leilões de swaps cambiais reversos - equivalentes a compra futura de dólares - de forma intensa nas semanas passadas, mas diminuiu o ritmo nos últimos dias, após o mercado ter acalmado um pouco após a Câmara dos Deputados ter aprovado a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma. Investidores aguardavam os desdobramentos políticos, após o Senado criar na véspera a comissão especial que analisará o impeachment na Casa e eleger seus integrantes, em sua maioria favoráveis ao impedimento. O parecer da comissão deve ser votado pelo plenário do Senado no dia 12 de maio, ocasião em que, se assim entender a maioria simples dos senadores, a presidente Dilma pode ser afastada por até 180 dias. Com isso, o mercado seguia monitorando os possíveis nomes que devem formar a equipe de Michel Temer, caso o impeachment seja concretizado. No fim de semana ganhou força Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, para assumir O Ministério da Fazenda. Outros nomes que circularam entre os possíveis membros da equipe econômica foram Murilo Portugal, presidente da Febraban, e o senador José Serra (PSDB-SP), ambos para a Fazenda. Apesar da queda do dólar frente ao real, operadores advertiam que o baixo volume de negócios nesta sessão pode causar alguma volatilidade. - No geral, a tendência é de queda, mas pode haver certa volatilidade em função do insignificante volume e qualquer operação fazer preço - disse o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel. O cenário externo também estava no radar dos investidores, à espera da reunião do Federal Reserve, na quarta-feira. A expectativa geral é que o banco central norte-americano mantenha os juros, mas sinalize quando pode voltar a subir as taxas. Juros mais altos nos EUA podem levar a saída de recursos de países como o Brasil.
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