Dono da Fly vai presidir Transbrasil

Arquivado em:
Publicado Segunda, 21 de Janeiro de 2002 às 21:30, por: CdB

O empresário goiano Dilson Prado da Fonseca, dono da Fly Brazil Táxi Aéreo, será o novo presidente da Transbrasil. A transação estava em curso desde a semana passada, em sigilo, e culminou hoje, com a saída do vice-presidente executivo, Flávio Carvalho, e do diretor administrativo, Mário Thuler. Antonio Celso Cipriani - atual presidente da Transbrasil e genro do fundador da companhia, Omar Fontana - teria estado na sede do Departamento de Aviação Civil (DAC), no Rio, para comunicar sua saída da empresa, com a venda de todas as ações da família Fontana para o novo grupo controlador. As ações de Cipriani e da viúva de Fontana, Denilda, representam mais de 70% do capital da empresa. Quase todo o restante das ações, entretanto, está nas mãos de funcionários, por meio da Fundação Transbrasil, que também é presidida por Cipriani, o que ainda pode garantir ao empresário um assento no Conselho de Administração da empresa. Os atuais conselheiros estão sendo convocados para uma reunião no dia 30, na qual será oficialmente votada a nova composição da mesa. Os termos do acordo ainda não foram divulgados, mas fontes do mercado informam que Fonseca encabeça um grupo de empresários disposto a investir R$ 20 milhões para fazer com que a Transbrasil volte a voar antes do dia 3 de fevereiro, quando vence o prazo dado pelo governo para a cassar as concessões da companhia aérea. A quantia, ainda segundo especialistas no setor, seria insuficiente para retomar as operações de modo consistente. Avalia-se que, para voltar a voar, a Transbrasil precise de recursos da ordem de, no mínimo, R$ 60 milhões. Só em causas trabalhistas já julgadas e com ganho dos funcionários, a empresa deve R$ 45 milhões. Outro problema seria a frota. Dos três Boeings 737-200 da companhia, apenas um está motorizado. As turbinas das outras duas aeronaves foram tomadas por ordem judicial pela GE Engines, para cobrir débitos de manutenção e já teriam inclusive sido repassadas para uma companhia aérea estrangeira. Além dos Boeings, a empresa só possui dois turboélices Brasília, de pequeno porte.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo