'Efeito Lula’ impacta no mercado de câmbio e bolsas recuam

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Publicado Terça, 12 de Novembro de 2019 às 09:56, por: CdB

Analistas financeiros disseram, mais cedo, que investidores, maioria de direita ou extrema direita, apontam para a elevação da temperatura política no país, o “efeito Lula”, após a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sexta-feira, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a prisão após condenação em segunda instância.

 
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
  O dólar operava em alta contra o real nesta terça-feira, ainda sentindo a repercussão dos ruídos políticos da semana passada, com os investidores à espera de um discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve oferecer pistas sobre o avanço de sua guerra comercial contra a China. Às 10h32, o dólar avançava 0,72%, a R$ 4,1727 na venda.
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Ex-presidente foi solto na última sexta-feira e já começou a articular uma oposição mais ferrenha ao governo de Jair Bolsonaro
Na véspera, o dólar à vista fechou em baixa de 0,61%, a R$ 4,1428, a maior queda em duas semanas frente ao real, sofrendo ajuste após registrar na semana passada a maior alta semanal em 14 meses. Nesta terça-feira, o dólar futuro de maior liquidez registrava alta de 0,30%, a R$ 4,170.

‘Efeito Lula’

Analistas financeiros disseram, mais cedo, que investidores, maioria de direita ou extrema direita, apontam para a elevação da temperatura política no país, ou “efeito Lula”, após a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sexta-feira, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a prisão após condenação em segunda instância. Ao deixar o prédio da Polícia Federal, Lula fez um discurso duro, em que questionou a legitimidade da eleição de Jair Bolsonaro, e fez ataques ao ministro da Justiça, Sergio Moro, e ao coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

Potencial

Buscando sinais de progresso na prolongada guerra comercial entre Estados Unidos e China, nesta sessão os investidores também estavam atentos a um discurso do presidente norte-americano Donald Trump, que falará ao Clube Econômico de Nova York sobre sua política comercial. — Sempre que o Trump fala de comércio, ele tem a definição na mão. Se ele falar de um acordo, o mercado ficará mais tranquilo, e, se não falar, pode ficar ainda mais pressionado — comentou Ferreira. O cenário externo era de força da moeda norte-americana em meio à expectativa sobre o discurso de Trump, com o índice do dólar em relação às principais moedas avançando 0,15%.

Contratos

As moedas emergentes pares do real, como a lira turca e o peso mexicano, registravam quedas contra a divisa dos Estados Unidos. O Banco Central não vendeu contratos de swap cambial reverso nem dólares à vista nesta terça-feira, de oferta de até US$ 12 mil e US$ 600 milhões, respectivamente. Adicionalmente, a autarquia também ofertará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento dezembro de 2019. Bolsa em baixa O Ibovespa operava no vermelho nesta terça-feira, com o mercado repercutindo divulgação de resultados trimestrais de diversas empresas e investidores globais ainda aguardando nesta sessão discurso de Donald Trump que deverá dar novas pistas sobre as negociações comerciais com a China. Às 11h05, o Ibovespa caía 0,77%, a 107.535,39 pontos. O volume financeiro somava R$ 2,28 bilhões. Com a queda, o Ibovespa voltava a aumentar a distância de sua máxima histórica de fechamento, de 109.580,57 pontos.
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