Erdogan diz que gravações 'apavorantes' de jornalista chocaram inteligência saudita

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Publicado Terça, 13 de Novembro de 2018 às 08:57, por: CdB

Khashoggi, crítico do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, foi assassinado no consulado do reino em Istambul seis semanas atrás, em uma operação que Erdogan diz ter sido ordenada pelos “níveis mais altos” do governo saudita.

Por Redação, com Reuters - de Istambul

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse que gravações relacionadas ao assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, que Ancara compartilhou com aliados do Ocidente, são “apavorantes” e chocaram uma autoridade de inteligência saudita, reportou a mídia turca nesta terça-feira.
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Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, no Parlamento em Ancara
Khashoggi, crítico do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, foi assassinado no consulado do reino em Istambul seis semanas atrás, em uma operação que Erdogan diz ter sido ordenada pelos “níveis mais altos” do governo saudita. Erdogan disse a repórteres a bordo do avião em que retornava de uma visita à França que debateu o assassinato de Khashoggi com líderes dos Estados Unidos, França e Alemanha durante jantar em Paris. – Mostramos as gravações relacionadas a este assassinato a todos que quiseram. Nossa organização de inteligência não escondeu nada. Nós as mostramos a todos que as queriam, inclusive os sauditas, os EUA, França, Canadá, Alemanha, Reino Unido – afirmou.
– As gravações são realmente apavorantes. De fato, quando o agente de inteligência saudita escutou as gravações, ficou tão chocado que disse: ‘Este deve ter usado heroína, só alguém que usa heroína faria isso’ – acrescentou. A morte de Khashoggi provocou ampla revolta, mas poucas ações concretas foram tomadas por potências mundiais contra a Arábia Saudita, a maior exportadora de petróleo do mundo e apoiadora dos planos de Washington para conter a influência do Irã no Oriente Médio. Erdogan disse estar claro que o assassinato foi planejado e que a ordem partiu do alto escalão das autoridades sauditas, mas que não consegue pensar tal coisa do rei Salman, pelo qual tem um “respeito ilimitado”.
 
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