Espanha diz que manterá proposta com Marrocos e Portugal para a Copa de 2030

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Publicado Quarta, 13 de Fevereiro de 2019 às 12:10, por: CdB

O governo marroquino anunciou no dia seguinte que ainda não tinha tomado uma decisão sobre a oferta da Espanha e que a comunicaria quando tivesse uma posição, segundo afirmou o porta-voz do governo, Mustafa El Khalfi.

Por Redação, com EFE - de Madri

O governo da Espanha garantiu que a proposta de preparar com Marrocos e Portugal uma candidatura conjunta para sediar a Copa do Mundo de 2030 "seguirá adiante", embora o país do Norte da África ainda não tenha confirmado se fará o mesmo.
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O governo da Espanha garantiu que a proposta de preparar com Marrocos e Portugal uma candidatura conjunta para sediar a Copa do Mundo de 2030
Os reis Felipe e Letizia começaram nesta quarta-feira uma visita de Estado de dois dias ao Marrocos convidados pelo rei Mohammed VI. O encontro tem como objetivo reforçar a "excelente" relação em todos os âmbitos, segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores espanhol. A comitiva espanhola ao Marrocos também conta com a presença de cinco ministros, entre eles o de Cultura e Esportes, José Guirao. O Ministério das Relações Exteriores não detalhou se a candidatura tripla para a sediar a Copa do Mundo de 2030 será um dos assuntos abordados durante a visita real, mas que o plano "seguirá adiante". O presidente do governo, Pedro Sánchez, propôs a iniciativa a Mohammed VI no dia 19 de novembro do ano passado, durante a sua visita a Rabat, a primeira que fez desde que chegou ao poder. Segundo Sánchez, o monarca marroquino foi "muito receptivo" em relação à ideia e a intenção era que os três países começassem a trabalhar nela. Sánchez disse que se tratava de uma candidatura "muito competitiva", já que seria a primeira vez que a Copa do Mundo seria realizada em dois continentes, Europa e África, o que requer uma modificação prévia dos estatutos da Fifa. Dois dias depois da viagem a Rabat, Sánchez se reuniu com o primeiro-ministro português, António Costa, ao qual expressou "entusiasmo fervente" pela proposta, que Portugal considera boa, embora com cautela. O governo marroquino anunciou no dia seguinte que ainda não tinha tomado uma decisão sobre a oferta da Espanha e que a comunicaria quando tivesse uma posição, segundo afirmou o porta-voz do governo, Mustafa El Khalfi. Faltando concretizar um formato, Marrocos tem a intenção de apresentar a sua candidatura para 2030 depois de perder a disputa para sediar a Copa de 2026 para a candidatura tripla de Estados Unidos, México e Canadá. O país do Norte da África já tentou ser sede da Copa do Mundo em cinco ocasiões desde 1994, mas sempre sem sucesso. Além da proposta lançada pela Espanha, está no ar outra eventual candidatura conjunta entre três países para 2030: Marrocos, Argélia e Tunísia, impulsionada pela União do Magrebe Árabe. A previsão da Fifa é que a escolha da sede de 2030 seja decidida em 2022, ano da Copa do Mundo no Catar. A candidatura conjunta de Argentina, Uruguai e Paraguai pediu uma antecipação para 2020, mas a Fifa ainda não tomou uma decisão a respeito. As relações entre Espanha e Marrocos no futebol foram reforçadas no dia 13 de agosto do ano passado, com a disputa da final da Supercopa da Espanha entre Barcelona e Sevilla na cidade de Tânger.

Craque do Sul-Americano Sub-20

Autor de seis gols na campanha que terminou com o título do Equador no Sul-Americano Sub-20, Leonardo Campana é neto de uma das maiores milionários do país e filho do atual ministro de Comércio Exterior. Aos 18 anos, o artilheiro da competição, disputada recentemente no Chile, Léo, como é conhecido entre os companheiros de seleção, vem de um berço de ouro e é herdeiro de uma linhagem vencedora. Seu pai é Pablo Campana, atual ministro do governo equatoriano, que fez sucesso como empresário antes de assumir o cargo público. Pablo foi tenista profissional até os 24 anos, disputou a Copa Davis e representou o país nos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta. Leo é neto de Isabel Noboa, fundadora e presidente de um dos maiores grupos empresariais do Equador e uma das executivas mais importantes da América Latina. Mas o jogador diz que segue o ensinamento do pai: sempre ser humilde. A história de seu avô não é menos importante. Leo é neto de Isidro Romero Carbo, um dos presidentes do Barcelona de Guayaquil. Sob sua gestão, o clube construiu seu estádio, que acabou ganhando o nome de seu principal idealizador. Leonardo Campana joga pelo clube presidido pelo avô e considera que ainda segue devendo com a camisa do Barcelona. No entanto, o artilheiro afirmou após voltar do Chile que analisará as propostas recebidas depois do desempenho de destaque no Sul-Americano. Contra as defesas mais fechadas do torneio, o atacante enfrentou as mesmas dificuldades que o pai e o avô no mundo esportivo. Sob a presidência de Carbo, o Barcelona foi vice-campeão da Taça Libertadores de 1990 para o Olimpia. Leonardo nasceu dez anos mais tarde, mas avalia que a derrota ocorreu devido à "arbitragem ruim". Da avó, responsável em grande parte pela transformação vivida por Guayaquil nas últimas décadas, Leonardo Campana herdou a visão e a integridade ao enfrentar desafios. Com um corte de cabelo da moda, o atacante já conquistou o coração dos torcedores equatorianos, que sequer acompanhavam o início da trajetória da seleção no Sul-Americano. O talento da jovem promessa - e seus seis gols nas nove partidas disputadas no torneio - já escreveram o nome de Leonardo Campanha na história do esporte nacional. Mas, para o artilheiro, o sucesso se deve ao restante da equipe e à comissão técnica. – Essa mudança de mentalidade foi uma obra da comissão técnica. Colocaram na nossa cabeça desde o primeiro dia que tínhamos uma boa equipe para brigar pelo título. A única coisa que faltava era acreditarmos nisso – revelou o jogador. A confiança do técnico do Equador, Jorge Célico, veio do que Léo já havia feito pelas categorias de base do Barcelona de Guayaquil. Em dois anos, o atacante fez 41 gols em 40 jogos. O jovem correspondeu nos gramados chilenos e se tornou o maior terror das defesas das seleções que disputaram o Sul-Americano. Os gols no Sul-Americano garantiram a Leonardo Campana o troféu Alberto Spencer, concedido pela Conmebol em homenagem ao maior artilheiro de todos os tempos da Libertadores, com 54 gols, o também equatoriano Alberto Spencer Herrera.
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