Esquerda pede que monarca deixe de liderar anglicanos

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Publicado Terça, 15 de Julho de 2003 às 14:52, por: CdB

O estudo, preparado ao longo de um ano, deve defender ainda que seja abolida a norma - existente há séculos - que proíbe que a Grã-Bretanha tenha um monarca católico. Acredita-se que a entidade também esteja pedindo que os membros da família real britânica passem a pagar imposto sobre herança e que seja abolida a preferência que filhos homens têm sobre as mulheres na sucessão ao trono.

De acordo com o grupo, se o príncipe William no futuro tiver como primeiro filho uma menina, ela deveria ser a primeira na lista para sucedê-lo como rainha.

Depoimentos

O relatório foi elaborado pelo advogado David Bean, o membro trabalhista da Câmara dos Lordes Waheed Ali, o historiador Kenneth Morgan e o constitucionalista Dawn Oliver.

Eles colheram depoimentos de várias pessoas que conhecem bem os assuntos ligados à realeza, incluindo funcionários do Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha Elizabeth 2ª.

Segundo as atuais regras, o príncipe Charles, primeiro na linha sucessória, se tornará automaticamente chefe da Igreja Anglicana ao assumir o trono. Mas ele tem se mostrado favorável a uma modernização da estrutura real e já disse que poderia ter o título de "defensor de crenças" em vez de chefe da Igreja Anglicana.

Caso torne-se chefe da igreja, Charles poderá enfrentar um certo desconforto por causa de sua relação com Camilla Parker-Bowles - que, como ele, é divorciada.

Como a igreja não aceita um segundo casamento de pessoas divorciadas, a autoridade moral de Charles poderia ficar abalada caso ele decida no futuro se casar com Camilla. As propostas da comissão precisam ser aceitas no Parlamento como projeto-de-lei para que comecem a ser discutidas pelos legisladores.

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