Estados Unidos impõem novas sanções contra Venezuela

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Publicado Terça, 19 de Março de 2019 às 10:54, por: CdB

A Venezuela enfrenta uma profunda crise política desde que o líder da oposição do país, Juan Guaidó, se declarou presidente interino em 23 de janeiro.

Por Redação, com Sputnik - de Washington

EUA adotaram novas sanções contra a Venezuela nesta terça-feira. A anúncio foi feito pelo Departamento do Tesouro norte-americano.
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EUA adotaram novas sanções contra a Venezuela nesta terça-feira
Na semana passada, o enviado especial dos EUA à Venezuela, Elliot Abrams, havia antecipado durante uma coletiva de imprensa que os EUA adotariam sanções adicionais à Venezuela nos próximos dias. Nesta terça-feira, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções à mineradora venezuelana Minerven.
A Venezuela enfrenta uma profunda crise política desde que o líder da oposição do país, Juan Guaidó, se declarou presidente interino em 23 de janeiro. Os Estados Unidos e 54 países, incluindo o Brasil, reconheceram Guaidó como o presidente interino da Venezuela.Além disso, os Estados Unidos impuseram várias rodadas de sanções contra a Venezuela em resposta aos acontecimentos políticos no país. Em janeiro, Washington bloqueou US$ 7 bilhões em ativos pertencentes à petrolífera venezuelana PDVSA. Maduro disse que as sanções dos EUA equivalem a uma apreensão ilegal dos ativos soberanos do país. Rússia, China, Cuba, Bolívia, Irã e Turquia, entre outros países, continuam apoiando o governo de Maduro.

Propriedades da Venezuela

O embaixador venezuelano nos EUA indicado pelo líder da oposição, Juan Guaidó, disse na segunda-feira que assumiu o controle de três propriedades diplomáticas venezuelanas nos Estados Unidos, um ato condenado pelo governo de Nicolás Maduro.
Carlos Vecchio, nomeado pelo autodeclarado presidente Guaidó, entrou em dois edifícios militares venezuelanos em Washington, enquanto o ministro de assessoria Gustavo Marcano assumiu o controle do consulado em Nova York.

– Estamos recuperando e protegendo os bens do povo venezuelano para impedir que o regime usurpador continue a roubá-los e destruí-los como nos últimos 20 anos – afirmou Vecchio.

O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, que é leal ao presidente Nicolás Maduro, denunciou a "ocupação forçada e ilegal". Em uma declaração no Twitter, o governo venezuelano classificou a ação como "uma violação extremamente séria das obrigações internacionais do governo dos EUA", e ameaçou tomar medidas recíprocas na Venezuela. O embaixador destacou que nos próximos dias sua missão tomaria posse da embaixada venezuelana, embora suas contas estejam congeladas. Uma fonte próxima a Vecchio disse que a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, teria que aprovar seu uso. Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA confirmou que o governo do presidente Donald Trump, que reconhece a autoridade de Guaidó junto com outros 50 países, apoiou a decisão.

– Este é um desenvolvimento bem-vindo para nossas relações bilaterais com a Venezuela (…) A política dos EUA é apoiar a democracia na Venezuela, o presidente interino Guaidó e a Assembleia Nacional, que é a única instituição democraticamente eleita no país", disse o porta-voz à Agência AFP.

Vecchio acrescentou que o adido militar da Venezuela em Washington, o coronel José Luis Silva, permaneceria em sua posição. Silva representou Maduro até 26 de janeiro, quando aproveitou a oferta de anistia de Guaidó para militares que rejeitam o governo socialista de Maduro.
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