Probst e Blackmun disseram que, assim como seu país, o Movimento Olímpico foi fundado sobre os princípios da diversidade e da inclusão, da oportunidade e da superação da adversidade
Por Redação, com Reuters - de Washington:
O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc) disse que foi informado pelo governo norte-americano que as restrições de viagem impostas pelo presidente Donald Trump a visitantes de alguns países de maioria muçulmana não devem afetar atletas que disputarão provas internacionais nos EUA.
Os líderes da Usoc receberam uma série de indagações sobre o impacto da medida de Trump. Eles disseram que o governo lhes comunicou que irá agir para fazer com que os atletas estrangeiros recebam acesso mais rápido aos EUA. Para participarem de competições esportivas.
– Fomos indagados especificamente sobre o impacto que o decreto presidencial poderia ter sobre os atletas e as autoridades vindo aos Estados Unidos para competir – disseram o presidente do conselho do Usoc, Larry Probst, e o diretor-executivo, Scott Blackmun.
– O governo dos EUA nos avisou hoje que irá trabalhar conosco. Para fazer com que atletas e autoridades de todos os países tenham acesso mais rápido aos Estados Unidos de forma a participar de competições atléticas internacionais.
Imigração
Com o decreto de sexta-feira. Trump proibiu a imigração de sete países majoritariamente muçulmanos. Síria, Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Suspendeu temporariamente a entrada de todos os refugiados.
Probst e Blackmun disseram que, assim como seu país. O Movimento Olímpico foi fundado sobre os princípios da diversidade e da inclusão, da oportunidade e da superação da adversidade.
No início da segunda-feira. A delegação de luta olímpica dos EUA disse que planeja enviar uma equipe para a Copa do Mundo do mês que vem no Irã. Apesar de este ter anunciado que irá barrar cidadãos norte-americanos em retaliação ao decreto de imigração de Trump.
Olimpíada de 2020
A associação de expositores do Japão está intensificando os pedidos para que Tóquio desista do plano de transformar o maior centro de exposição do país em um centro de mídia para a Olimpíada de 2020, alertando que a indústria pode perder até US$ 12 bilhões.
A Associação de Exposições do Japão (Jexa, na sigla em inglês). Disse ter entregado uma petição com mais de 80 mil assinaturas à governadora de Tóquio, Yuriko Koike, na semana passada. Exigindo uma revisão do plano. E que está disposta a procurar o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e a ministra da Olimpíada, Tamayo Marukawa, em seguida.
O fechamento do centro de convenções Tokyo Big Sight entre abril e outubro de 2020. Forçaria o cancelamento ou a diminuição de 170 exposições. Realizadas regularmente durante estes meses. Uma perda de US$ 11,5 bilhões de receita. Segundo estimativas da Jexa. O estrago pode durar ainda mais tempo.
– Estamos receosos de que muitos expositores rumem para lugares como China, Coreia, Cingapura e Estados Unidos – disse o presidente do conselho da Jexa, Tadao Ishizumi, em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
– Os benefícios econômicos destas exposições irão desaparecer, e é o povo de Tóquio e do Japão que acabará perdendo – argumentou.
Cerca de 90 mil empresas participam como expositoras em aproximadamente 300 eventos no Tokyo Big Sight a cada ano, de acordo com a Jexa.